As exportações da sub-região Terras de Trás-os-Montes, segundo o relatório “Norte Conjuntura”, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, diminuíram 6,5% no terceiro trimestre de 2019.
Esta queda regista-se em contra ciclo uma vez que as exportações da região do Norte cresceram 3,2% face ao período homólogo do ano transacto, invertendo a tendência de queda observada no segundo trimestre de 2019, que foi de -1,7%. Segundo o relatório, esta recuperação resultou, sobretudo, do crescimento em 3,0% das exportações para o mercado intracomunitário, que teve um crescimento mais moderado a nível nacional e em ligeira desaceleração face ao valor registado no trimestre anterior.
Revela-se assim que, tendo em consideração os “bens com maior importância relativa na estrutura das exportações da região do Norte”, 2019 foi marcado por uma “evolução dicotómica” já que as exportações de bens mais intensivos em capital e com maior incorporação tecnológica, como o caso dos automóveis, máquinas e aparelhos, estão a ter crescimento, enquanto as exportações de bens mais intensivos em trabalho, como o vestuário e o calçado, têm vindo a atravessar uma conjuntura mais adversa no comércio internacional.
O trimestre em causa confirma a tendência que foi registada ao longo do ano de 2019 uma vez que as exportações de automóveis e outros veículos terrestres registaram um crescimento de 6,9% e as de máquinas, aparelhos e materiais eléctricos de 19,0%. Se estas duas categorias deram os maiores contributos para o crescimento global das exportações, em sentido oposto, as exportações de vestuário e seus acessórios registaram uma quebra de -1,4% e as de calçado, polainas, e suas partes de -2,8%.
O relatório avança que “nas NUTS III de menor densidade populacional, a dimensão do comércio internacional é significativamente inferior ao das restantes sub-regiões” e que “as exportações das Terras de Trás-os-Montes (3,0% do total da região do Norte) observaram uma redução de 6,5% no terceiro trimestre de 2019, em resultado de uma diminuição em 7,7% nos 'materiais de transporte', uma classe de bens que representa 93% de todas as exportações desta NUTS III”.
A informação relativa às exportações por concelhos é um subcapítulo adicional, que está a ser introduzido pela primeira vez num relatório de conjuntura com periodicidade trimestral.
Questionado sobre o assunto, o presidente da câmara de Bragança não quis, por enquanto, pronunciar-se. Hernâni Dias disse ainda não ter conhecimento do relatório.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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