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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Autarcas vão levar mobilidade do Tua ao Conselho de Ministros em Bragança

Os autarcas do Vale do Tua divulgaram hoje que vão aproveitar o Conselho de Ministros em Bragança para confrontar o Governo com os problemas que continuam a impedir a concretização do Plano de Mobilidade prometido há anos.

O Conselho de Ministro reúne-se na quinta-feira em Bragança, no âmbito da iniciativa “Governo mais Próximo” que começa no dia anterior com o primeiro-ministro e vários ministros a percorrerem a região durante dois dias.

O presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, João Gonçalves, considera que este Conselho de Ministros descentralizado e temático sobre a valorização do Interior é oportuno para serem colocados às diversas tutelas “todos aqueles temas em aberto, que ainda é preciso resolver e a mobilidade do Tua é um deles”.

O Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana é a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua que já está licenciada e a produzir energia, enquanto continua por concretizar a condição imposta pela Declaração de Impacto Ambiental.

Para compensar a submersão de quase 20 dos menos de 60 quilómetros que restavam da centenária linha do Tua, foi imposto à EDP a concretização do plano que contempla a reativação da linha entre a Brunheda e Mirandela, barcos na albufeira até ao Tua e transporte rodoviário.

A EDP entregou 10 milhões de euros ao operador turístico Mário Ferreira que fez obras, mas continuam a faltar mais intervenções, agora assumidas pela agência, e a surgir novos pormenores técnicos, como apontou João Gonçalves, sem concretizar quais.

“Este é um processo muito complexo e muito moroso, nós temos tido o cuidado de acompanhar o processo muito de perto, tentando resolver porque acontecem sempre coisas novas que é preciso ir resolvendo, mas o que eu saliento é que estamos todos imbuídos de um grande entusiasmo para que se chegue a um bom objetivo”, sustentou.

O que é certo é que, como disse, “há ainda algumas coisas que é preciso resolver” e “o Conselho de Ministro ser em Bragança e o assunto ser a valorização do Interior tem tudo a ver com este tipo de projetos, que é um projeto supramunicipal, envolvendo cinco concelhos, uma representatividade muito grande do território e com um projeto que é uma contrapartida de um investimento na região e que importa implementar de vez”.

A agência resulta também de uma contrapartida da barragem constituída pelos cinco municípios do território, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Vila Flor, Murça e Alijó e tem como missão gerir os fundos e projetos no Vale do Tua.

Depois de o operador turístico ter voltado atrás e se recusar a fazer as obras necessárias para concluir o processo, a agência assumiu essa tarefa e tem em execução duas empreitadas que aparentemente serão as últimas.

João Gonçalves garantiu que as obras “estão a decorrer ao ritmo programado”, sendo que uma delas tem a ver com a requalificação de taludes, da própria linha e travessas, e estará concluída em finais de abril, princípios de maio”.

A outra empreitada destina-se “à implementação do sistema de deteção precoce da queda de blocos e tem dois prazos: um intermédio que acabará em maio e outro que já será desenvolvido com a própria operação a ocorrer”, como explicou.

A agência tem promovido reuniões de acompanhamento com as entidades todas, nacionais e locais, que estão envolvidas no processo para que seja possível chegar “a finais de abril, princípios de maio e dizer que a agência pôs à disposição a hipótese de ser utilizada a linha, que é o que falta para o sistema de mobilidade”.

“Estamos a trabalhar com alguma serenidade e também com alguma contenção verbal para que consigamos chegar a bom porto”, disse.

Outra questão que vai ser a agência a resolver é o parque de estacionamento que o operador Mário Ferreira começou a construir na Brunheda e que originou um processo de contraordenação por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) por “colidir” com vários valores ambientais e a zona de proteção do Douro Vinhateiro.

“Essa é uma questão que está a ser resolvida nas entidades devidas”, afirmou o presidente da Agência e da Câmara de Carrazeda de Ansiães, o município onde decorre a obra.

Segundo disse, foi pedido o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre a inclusão do parque no plano de mobilidade, já que a Brunheda será neste plano “um interface entre o eixo ferroviário, fluvial e rodoviário”.

O autarca admitiu que a solução deverá passar por “corrigir” o que foi construído para adaptar a obra às exigências legais, mas também ao objetivo do equipamento.

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