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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

SILÊNCIO

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")


Bateu-me à porta o silêncio
Levantei-me e fui abrir,
Era alguém que batia,
uma máscara que escondia
Alguém que não podia
Mostrar o rosto e sorrir!
Abri a porta a ninguém,
Que me olhava com desdém
Alguém que da solidão,
Também tentava fugir.
Iludi meu coração,
Que por instantes pensou
Que esse alguém que batia
Era alguém que sabia
O mal que me afligia
E por minha porta passou!
De rosto esbranquiçado
Pelas lágrimas já lavado
Trazia apenas segredos,
Escondidos na algibeira
Desejos, sonhos e medos
Uma tosse presa no peito
A febre a inundar-lhe o rosto
E nas mãos transparentes,
Trazia guardadas sementes
De esperança no futuro
mas a febre que o assolara,
à minha porta o levara,
a realidade mostrar
Gritou bem alto comigo,
Fica em casa!
Fecha a porta,
Que a morte não pode entrar!
Fica de noite, noite e dia,
Até a morte passar.
Fechei de novo a porta
Onde não havia ninguém.
Era apenas um pesadelo
Que me avisava com zelo
O valor que a vida tem.
A pensar no mundo inteiro
Mantenho a porta fechada
Dentro de quatro paredes
Para não acontecer nada

Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.


Participei nas colectâneas:
POEMA-ME
POETAS DE HOJE
SONS DE POETAS
A LAGOA E A POESIA
A LAGOA O MAR E EU
PALAVRAS DE VELUDO
APENAS SAUDADE
UM GRITO À POBREZA
CONTAS-ME UMA HISTÓRIA
RETRATO DE MIM.
ECLÉTICA I
ECLÉTICA II
5 SENTIDOS
REUNIR ESCRITAS É POSSÍVEL – Projecto da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina
Livros editados:
-O ROSEIRAL DOS SENTIDOS
-SUSPIROS LUNARES
-DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO
-ENTRE CÉU E O MAR
-UMA ETERNA MARGARIDA

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