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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 7 de julho de 2020

ANAM encerrou em Bragança o ciclo de diálogos que percorreram várias cidades do país

A ANAM (Associação Nacional de Assembleias Municipais) encerrou, em Bragança, o ciclo de diálogos que percorreram várias cidades do país ao longo de vários meses. para o debate de Bragança a ANAM escolheu como tema central “O que nos ensinou a pandemia no âmbito do planeamento estratégico – Caminhos a percorrer” e contou com as intervenções de Cristina Azevedo, consultora na área do Desenvolvimento Regional e Fundos Comunitários e foi encerrada pelo Secretário de Estado do Planeamento, José Gomes Mendes.
ANAM em Bragança. Foto: ANAM
A palestra foi antecedida de uma reunião entre a Direção da ANAM e os presidentes de Assembleias Municipais (AM) que deram o seu testemunho quanto à realidade do funcionamento das assembleias municipais em tempos de pandemia. Em comum todos tinham a convicção de que as AM não são valorizadas como deviam assim como não são detentoras dos poderes que de facto lhes são devidos. Neste sentido, «há ainda um caminho a percorrer» como salientou o presidente da ANAM, Albino Almeida.

Alguns dos temas em destaque foram ainda a implementação de uma Comissão Permanente nas AM, o facto das AM terem a dignidade da Assembleia da República, a questão dos presidentes de Juntas de Freguesias, a criação da Provedoria do Cidadão, ainda a implementação do poder de inquérito e a importância das Assembleias Municipais em tempos de Covid-19. «O relevo e o papel das Assembleias Municipais nunca esteve tanto em destaque como nos tempos de pandemia que agora vivemos, o que se pode verificar por dois ângulos distintos: a nossa invisibilidade é a melhor forma de apoio; e a função das AM como provedores do cidadão», salientou Albino Almeida.

A palestra que se seguiu teve como primeira interveniente Cristina Azevedo, consultora na área do Desenvolvimento Regional e Fundos Comunitários que após um balanço da situação pandémica em Portugal, salientou o facto do problema não afetar as localidades da mesma forma, tanto ao nível sanitário como económico e daí ter que ser encarado de formas distintas. «O esforço de recuperação do país deve ser realizado através de planos diferenciados tendo em conta o problema sanitário de cada região e a respectiva crise económica. Há localidades, por exemplo, que se ressentem mais a nível turístico, e outras a nível produtivo, da agricultura e isso tem que ser tudo bem avaliado para que a resposta seja assertiva e eficaz», explicou.

Por outro lado, Cristina Azevedo referiu de que «independentemente de cada situação, os modelos de governação têm que estar bem definidos e coordenados entre eles para garantir as melhores soluções, e nesse aspeto Portugal tem um problema sério. A resposta tem que ser uma resposta de proximidade e no nosso país temos muita dificuldade em fazê-lo porque somos um país muito centralizado. O modelo que temos, pura e simplesmente funciona mal, de tal forma que nem se consegue perceber quais os organismos desconcentrados». E neste campo passou até a dar um exemplo de como tudo de altera de Ministério em Ministério: «Na área da saúde temos o Ministério da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde. Todos os Ministérios possuem organismos que se encontram desconcentrados mas que estão pouco capacitados e são pouco autónomos, o que, na minha perspectiva, é inaceitável. Com a pandemia do Covid-19 e com os modelos de governação que foram imperfeitos aplicados forma provocadas mortes, só que provavelmente se tivéssemos um modelo de governação mais afinado e mais próximo, poderíamos não só ter socorrido mais pessoas como, possivelmente, evitado tantas mortes».

O Secretário de Estado do Planeamento, José Gomes, começou por referir que apesar da «insuficiência do modelo de governação e de algumas dificuldades inerentes, como a rigidez do sistema e a pouca flexibilidade», em relação a outros países, a resposta foi bem conseguida, salientou. «Noutros países em que os modelos de governação foram considerados mais completos a resposta à pandemia não foi melhor que em Portugal. A nossa resposta foi e continua a ser adequada, e se, por exemplo, tivermos em conta a região Norte estamos perante um bom padrão em que o problema está bem controlado. Se considerarmos também o número de mortes diárias no nosso país em relação a outros, percebemos que noutros países as mortes são ainda, infelizmente, bastante elevadas, enquanto que em Portugal o número de mortes já é muito marginal. Não quero fugir da questão dos modelos de governação mas na minha opinião a resposta nacional foi exemplar», rematou.

A finalizar Albino Almeida confessou ter a esperança que «o modelo de governação do nosso país siga caminho para incluir espaços de decisão supra-municipal para assim conseguirmos um país mais coeso e uniforme.»

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