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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 7 de julho de 2020

FAURECIA RETOMOU ACTIVIDADE DEPOIS DE DOIS MESES A MEIO GÁS

O recurso ao Lay-off durante a pandemia terá sido a solução escolhida por várias empresas para manterem os postos de trabalho.
A Faurecia, em Bragança, umas das empresas com mais impacto económico e com maior número de trabalhadores na região, também recorreu ao sistema. Contactada pelo Jornal Nordeste, a empresa esclareceu que 94% dos funcionários estiveram em Lay-off entre 31 de Março e 20 de Abril. Os restantes estiveram em teletrabalho. 
Mantendo-se a “continuidade do estado de crise empresarial”, a Faurecia prolongou ainda o Lay-off para 60% dos trabalhadores até ao fim do mês de Junho. Neste momento já não conta com nenhum funcionário naquelas condições e está a produzir sem qualquer “redução do horário dos turnos”. “Tendo em conta o nível de volumes requerido pelos nossos clientes, efectuamos os turnos necessários para o estrito cumprimento das necessidades de produção de cada referência”, esclareceu. 
A empresa adiantou ainda que o regresso à actividade, no fim de Abril, com apenas 40% dos trabalhadores esteve “condicionado pelas actuais encomendas dos clientes”. Relativamente à possibilidade de atingir o mesmo nível de produção que se verificava antes da pandemia, a empresa considerou que é necessário ser “realista” e não criar “cenários demasiado cor-de-rosa”. “O que antevemos, neste momento, é um retomar gradual, relativamente lento, e que irá rolar à medida que a economia nacional e mundial forem evoluindo e retomando. 
Natural e inevitavelmente, estaremos cá para caminhar a par e passo com este retomar, dando sempre o nosso melhor”, foi-nos adiantado. A empresa esclareceu ainda que a retoma plena da actividade passou por pôr em prática “um rígido protocolo de segurança” e reestruturar a organização da actividade, de modo a “salvaguardar a saúde e segurança dos colaboradores”. Os horários e locais de pausa, refeições e espaços de trabalho foram definidos com limitação de pessoas e marcações de lugares. A limpeza destes espaços está a ser feita também com mais frequência. Os trabalhadores usam máscaras e óculos em todas as áreas de produção, mas também de não produção e durante o tempo que estão nas instalações. 
Rui Pereira, um delegado sindical na Faurecia, disse não ter havido despedimentos, mas muitos contratos, mais de 200, não foram renovados. “A empresa tinha muitos trabalhadores subcontratados por empresas de recrutamento de pessoal, com contratos que são renovados mês a mês e essas pessoas não viram o seu contrato renovado”, explicou, acrescentando que a “empresa optou por salvaguardar os colaboradores efectivos”. Segundo o sindicalista alguns funcionários subcontratados foram “encaminhados para o fundo de desemprego” e outros, devido a não terem um ano de descontos para a segurança social, estão a receber uma “verba” do Estado. 
Neste momento, a preocupação dos trabalhadores, segundo Rui Pereira, está relacionada com possibilidade de despedimentos devido à quebra de produção. “Não nos foi garantido que possa haver o fluxo de encomendas como até agora. Estamos neste impasse, mas sempre com a esperança que as coisas possam vir a correr melhor. Mesmo a própria empresa sente-se de mãos atadas. Estamos à espera, mas não há certezas da segurança do próprio emprego”, referiu, explicando que se não houver trabalho “não há condições” para “sustentar” um grande número de empregados. 
Apesar da dificuldade em adquirir matéria-prima para produzir as peças de automóveis, segundo o delegado sindical estão a conseguir entregar os produtos “quase sempre a tempo”. Até agora ainda não se registou nenhum caso de Covid-19 na fábrica.

Jornalista: Ângela Pais

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