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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Empresários de Bragança contestam mina espanhola apoiados pelo Turismo de Portugal

 Cerca de 50 empresários da área do Parque Natural de Montesinho escreveram a várias entidades portuguesas a alertar para os perigos de uma exploração mineira espanhola e o Turismo de Portugal fez eco das preocupações, divulgaram hoje os promotores.
Em causa está a reabertura de uma mina de estanho e volfrâmio a céu aberto, na zona de Calabor, em Espanha, a menos de cinco quilómetros da fronteira com Bragança, o concelho, que junto com Vinhais, fazem parte do Parque Natural de Montesinho.

Numa altura em que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a analisar o projeto, o Turismo de Portugal fez chegar a este organismo as preocupações “sobre o forte impacte negativo para o setor”, defendendo que “deverão ser ponderadas na tomada de posição daquela entidade no âmbito da pronúncia transfronteiriça de Portugal”.

O Turismo de Portugal foi uma das várias entidades, entre municípios, grupos parlamentares, Governo, organismos públicos e outros regionais e nacionais a quem o grupo de empresários em enviou, em fevereiro, um alerta para “as graves consequências que o projeto mineiro a céu aberto representa para o meio ambiente, economia e imagem do Nordeste Transmontano”.

“Ficamos contentes com esta posição do Turismo de Portugal porque representa um argumento público que reforça e defende os interesses dos empresários e da economia local”, afirmou à Lusa, António Sá, um dos promotores da iniciativa.

O promotor que é também empresário na área do turismo de natureza destacou o papel deste organismo que “deu-se ao trabalho de recolher informação, analisar o Estudo de Impacte Ambiental e ouviu os empresários, e deu seguimento a um pedido, a uma preocupação dos empresários”.

Os empresários subscritores da iniciativa aproveitam “para pedir novamente à Agência Portuguesa do Ambiente que tenha estes argumentos em consideração e que, em nome do Estado português, emita um parecer final negativo a este projeto, totalmente incompatível com a imagem da região, as suas legítimas aspirações económicas e ambientais, e com o próprio interesse nacional”.

Os contestatários lembram que todo o Nordeste Transmontano e o Parque Natural de Montesinho, o mais próximo da zona para onde está projetada a mina espanhola, tem “uma estratégia de turismo ancorada na Natureza e uma série de empresários a desenvolverem atividade” neste setor, que entendem que “a ameaça” das minas “põe em causa esta estratégia”.

António Sá referiu à Lusa que “as consequências mais negativas” deste projeto espanhol “estão para o lado português”, nomeadamente para a biodiversidade da área protegida contígua com Espanha, assim como para os cursos de água, na medida em que “drenam todos para o lado português, são afluentes do rio Sabor”.

O empresário acrescenta ainda o impacto do ruído devido aos explosivos e a emissão de poeiras.

“Numa altura em que o processo ainda se encontra em análise por parte do Governo de Portugal, em virtude da Avaliação de Impacte Ambiental Transfronteiriça e da Consulta Pública que se seguiu, os empresários subscritores desta iniciativa vêm congratular-se com o parecer entretanto emitido pelo Turismo de Portugal e com a respetiva recomendação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade responsável pela decisão final que será transmitida ao governo de Espanha”, salienta o grupo.

Os empresários citam a exposição feita pelo Turismo de Portugal à APA, que “destaca os efeitos que este projeto mineiro pode vir a ter no território, caso seja concretizado, com impactes expectáveis no setor do turismo, desde logo ao nível da paisagem, bem como do ruído e vibrações, afetando negativamente a crescente procura turística na região, que acolhe um elevado e crescente número de visitantes no segmento de Turismo da Natureza e Familiar”.

O documento sustenta ainda estas preocupações com estatísticas “que confirmam o concelho de Bragança com um crescimento sólido na procura turística, superior à média nacional e à região Norte, e alerta para o facto da exploração se situar próximo do Parque Natural de Montesinho e da aldeia comunitária de Rio de Onor, inserindo-se ainda em área abrangida pela Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica (UNESCO)”, que já se manifestou também contra o projeto espanhol.

O Turismo de Portugal concretiza que “no período 2014-2018, em Bragança, o aumento do número de hóspedes foi de 45,94% (+17.967), de dormidas de 38,90% (+36.759) e dos proveitos das unidades hoteleiras de 83,95% (+1,51 milhões de euros).

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