As três Organizações do Sector da Caça de 1.º Nível (Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade – ANPC, a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses -CNCP- e a Federação Portuguesa de Caça – FENCAÇA) decidiram não participar na reunião de hoje do Conselho Nacional da Caça e da Conservação da Fauna, presidida pelo Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e com a presença do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino.
Apesar da verba global de 10,4 milhões de euros anunciada para apoiar o setor – verbas que há muito se exigiam e que são necessárias – estas três Organizações de 1.º Nível, que representam a esmagadora maioria dos caçadores portugueses e são as únicas representantes das entidades concessionárias e gestoras de zonas de caça , optaram por tomar esta decisão após saberem que o Governo se preparava para criar um Conselho com várias dezenas de entidades, o que o transformaria num órgão sem qualquer utilidade, verdadeiramente ingerível e totalmente inoperacional. Isso mesmo foi transmitido ao Governo variadas vezes, para além de ter sido expresso na anterior reunião deste proto-Conselho Nacional da Caça, sendo incompreensível que o Governo não tenha ponderado estes argumentos, como inclusivamente os tivesse agravado, acrescentado mais uma série de entidades.
Adicionalmente, do ponto de vista das três associações de 1.º Nível, a recomposição do Conselho, com a integração institucional do Provedor do Animal, representa uma subversão inaceitável, não só dos objetivos deste Conselho, como também evidencia uma notória falta de compreensão do setor em causa. A opção tomada pelo Ministro de dar um lugar no Conselho ao Provedor do animal é uma trapalhada e uma afronta ao setor da caça e ao Mundo Rural. As questões do bem-estar de animais domésticos ou de companhia não se podem confundir com as questões da Caça e animais selvagens.
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