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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Portugal vai entrar nos carris: vai ter um Plano Ferroviário Nacional

 Começa esta segunda-feira o trabalho, que vai demorar um ano, de construção do Plano Ferroviário Nacional, revela à TSF o ministro Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos© Paulo Cunha/Lusa
Portugal nunca teve um Plano Ferroviário Nacional (PFN) e nesta segunda-feira é dado o "pontapé de saída para um debate nacional que queremos muito participado", adianta à TSF o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

O Plano está aberto a contributos, "desde o poder local aos operadores e aos utilizadores". "Com bases nesses contributos, vamos fazer uma proposta e depois iniciamos uma nova fase, que tem como objetivo discutir essa proposta. Este processo terminará no Parlamento, para que o Plano Ferroviário Nacional passe a ser Lei à mesma imagem daquilo que acontece com o Plano Rodoviário Nacional".

De acordo com Pedro Nuno Santos, "temos este processo pensado para durar um ano, se conseguirmos antecipá-lo melhor".

"Não queremos um Plano Ferroviário Nacional feito à pressa e feito apenas pelo Governo, isso exige tempo", justifica o ministro.

O PFN vai incluir o objetivo de ligação ferroviária a todas as capitais de distrito (Bragança, Vila Real e Viseu não têm comboio), bem como a ligação dos terminais de mercadorias aos portos e terminais logísticos; nos transporte de passageiros, a premissa é aumentar a densidade da rede e, ao mesmo tempo, conseguir encurtar os tempos de viagem entre os diversos destinos, defende Pedro Nuno Santos.

Para o governante, "se nós queremos ser um país do século XXI, temos que ter uma rede ferroviária do século XXI" - depois de terem fechado, em 35 anos de integração europeia, cerca de 1000 quilómetros de rede ferroviária.

Assim, o PFN vai "estruturar a rede ferroviária que queremos, o material circulante que vamos precisar para que, cada vez que há um novo ciclo de financiamento, num novo quadro comunitário, nós não estejamos a adivinhar para onde é que deve ser o investimento ferroviário mas já saibamos qual é a rede que queremos ter e quais são as prioridades".

Será um Plano para vários anos com uma visão de longo prazo, porque "não há capacidade financeira para concretizar toda a rede ferroviária que nós desejamos no momento zero; mas nós temos que saber hoje qual a rede ferroviária que queremos ter no futuro para, à medida que tivermos capacidade financeira, o podermos ir concretizando".

Para já, o financiamento que existe é no quadro financeiro plurianual 2021-2027, que enquadra alguns projetos, como é o caso da "modernização da linha de Cascais, a quadruplicação da linha de Sintra, entre o Areeiro e a Gare do Oriente, a primeira fase da nova ligação entre Lisboa e o Porto e Porto - Vigo, a eletrificação do resto da rede que ainda falta eletrificar", sublinha Pedro Nuno Santos.

Estes projetos, considerados urgentes, "vão estar no Plano Ferroviário Nacional e vão ter financiamento garantido no quadro financeiro plurianual", sendo que a modernização da linha de Cascais vai ter um investimento de 70 milhões de euros, a quadruplicação da linha de Sintra tem orçamentado um custo de 110 milhões de euros até 2026, a nova ligação rápida Lisboa - Porto vai custar 4500 milhões de euros e a eletrificação de toda a rede até 2025 representa um investimento de 1000 milhões de euros.

O ministro das Infraestruturas não gostava que o debate à volta do PFN fosse dominado pela questão do comboio de alta velocidade porque, de acordo com o próprio, "precisamos é de uma rede ferroviária que chegue a todo o país, que sirva a coesão territorial", argumenta.

"O que nos interessa é sabermos que rede é que nós queremos. Nós queremos que o comboio chegue a Vila Real, nós queremos que o comboio possa ser usado para explorar a linha do Douro de uma ponta à outra, nós queremos chegar a Espanha por Vigo, queremos chegar a Espanha por Salamanca, nós queremos fazer uma viagem entre Lisboa e Porto em 1 hora e 15 minutos, nós queremos que a linha de Sintra (a linha que hoje tem capacidade para seis comboios por hora) possa ter capacidade para 12 comboios por hora", conclui.

José Milheiro

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