Vítor Rua, programador da bienal, tocou durante 30 anos com Jorge Lima Barreto e realçou a originalidade e versatilidade do vinhaense.
“Sempre se pautou pela experimentação e ter sempre na vanguarda da música todas as artes. Aliás, o Jorge Lima Barreto é conhecido por ser um artista pluridisciplinar, não era só a música, mas também o vídeo, o cinema, a poesia, o teatro, a dança. Eu como programador desta bienal tento ter isso em conta”, explicou.
A bienal juntou artistas nacionais e estrangeiros para homenagear o músico, compositor, improvisador e professor Jorge Lima Barreto, natural de Vinhais. A artista Catarina Leitão trouxe esculturas e desenhos, com base na natureza.
“Debruça-se sobre ideias de natureza, o que é aquilo a que chamamos natureza, o que é natural e trabalho muito com a ideia de que a natureza já é tão domesticada e a nossa relação com o natural está tão entrelaçada que não há bem uma distinção e há todo um limite entre o que é natural e artificial”, referiu.
Os visitantes puderam também ver duas exposições e uma instalação de Ilda Teresa Castro. Já não é a primeira vez que apresenta os seus trabalhos em Vinhais e considera que é importante também expor fora dos grandes centros. Foi amiga de Jorge Lima Barreto e não quis deixar de o homenagear.
“Era uma pessoa que apoiava a minha bastante a minha pesquisa e apoiava bastante o meu projecto. Conheci-o muito bem pessoalmente, eramos amigos e é para mim um grande prazer poder participar nesta bienal, porque é uma forma de homenagear essa amizade”, contou.
Nesta quarta edição foi ainda apresentado o Catálogo da Exposição “Entre Deus e o Diabo… Arte Popular - Colecção de Roberto Afonso”.
Jorge Lima Barreto nasceu em Vinhais em 1949 e morreu em 2011. A Bienal veio assim homenagear todo o seu trabalho e dedicação a Vinhais.
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