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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 16 de julho de 2022

Burros atuam na proteção das florestas mistas de zimbro

 Uma das missões da AEPGA, no âmbito das ações que desenvolve em conjunto com o Grupo Nordeste, é a proteção de um habitat prioritário e raro: as florestas mistas de zimbro (Juniperus oxycedrus), azinhal (Quercus rotundifolia) e sobreiral (Quercus suber).


Para protegermos este habitat, que ocorre apenas em alguns locais da bacia hidrográfica dos rios Douro e Tejo, contamos com o precioso apoio de seis Burros de Miranda: Pretinho, Mafarrico, Lázaro, Miró, Branco e Escalhão.

Estes animais ajudam-nos a diminuir a carga de vegetação inflamável na faixa de redução de risco de incêndio que, como o próprio nome indica, é uma zona gerida de forma a criar descontinuidade e uma oportunidade de combate aos incêndios florestais junto do habitat prioritário.

Para acompanharmos o impacto dos burros no local, temos vindo a aplicar alguns métodos que nos permitem quantificar o biovolume de vegetação e o número de espécies de flora presente na área onde estão os burros, comparando estes dados com os obtidos numa área controlo, num espaço exterior contíguo à vedação onde estão os animais.

Até ao momento, os resultados são promissores, nomeadamente na redução da vegetação herbácea, que se encontra muito reduzida na área onde estão os burros.

A utilização de herbívoros no controlo de vegetação arbustiva com grande potencial inflamável apresenta diversas vantagens relativamente ao corte mecânico. Efetivamente, a pressão de herbivoria exercida por animais de grande porte como os burros, conduz a uma redução da massa vegetal no terreno, uma vez que a combinação do pisoteio com a ingestão dos rebentos na Primavera diminui o crescimento da vegetação herbácea.

É relevante salientar que nos hábitos alimentares dos asininos estão incluídos matos como a esteva, as silvas, as giestas e a carqueja. Outra enorme vantagem prende-se com o facto de a intervenção ser possível em locais rochosos e inóspitos, de difícil acesso por meios mecânicos, como os lagarteiros.

Existem ainda vantagens ecológicas, visto que a pressão exercida pelos animais é gradual, com efeitos positivos na fauna e flora locais. 

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