Este problema continua na ordem do dia e Pimenta Machado, que admite que a situação no nordeste transmontano é das mais preocupantes, garante que a água para consumo humano, ainda que aqui haja cinco barragens em situação critica. "Temos aqui cinco albufeiras com a água entre os 25 e os 30% e estamos a acompanhar aquilo que é a evolução do nível das águas dessas albufeiras, de forma a que não falte água para o consumo humano e não vai faltar. Estamos a trabalhar e já temos algumas soluções de futuro quer para Fontelonga (Carrazeda de Ansiães) quer para Salgueiral (Torre de Moncorvo). Será das regiões mais prioritárias a nível de acompanhamento e de investimento".
Neste fórum sobre a seca, o Expo Ambiente, o vice-presidente da APA apelou a mudanças urgentes, já que há muito desperdício de água. "Todos temos que perceber que temos que mudar um bocadinho de atitude. Temos que poupar mais água e temos que ser mais eficientes. O sector que mais água consume é o da agricultura, com 74%, e tem que ser mais eficiente. Há sistemas que têm muito desperdício, na ordem dos 35%. Boa parte da água perde-se no transporte, nos canais, por isso é preciso modernizá-los".
A directora regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves, admite que há já vários empresários a utilizar eficientemente a água. "O próximo aviso que vamos ter do PDR é para aquisição de tudo que são equipamentos necessários para uma rega eficiente. O agricultor de hoje tem que ser moderno".
A aposta em culturas de sequeiro poderá ser também um bom caminho. "Todos os concelhos não vão conseguir ter regadio e, por isso, têm que manter as culturas de sequeiro. Se na nossa região continuarmos a plantar amendoal, olival e vinha, sabemos que são plantas resilientes, que em anos normais, sem regadio, funcionam. Não vamos é avançar em zonas de sequeiro com culturas pouco resilientes".
Este fórum esteve integrado na primeira edição da Expo Vila, que decorreu em Vila Flor.
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