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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

METAVERSO

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Recentemente a minha filha mais nova comentava comigo a dificuldade em explicar à minha neta mais velha o conceito e utilidade dos Clubes de Vídeo que proliferaram desde meados dos anos 80 e se extinguiram, completamente, na primeira década deste século. Precisamente na altura em que, num anúncio de televisão, o Ricardo Araújo Pereira anunciava o que parecia ser mera ficção e que se banalizou em pouco tempo: a possibilidade de “parar” uma emissão televisiva, quando quisesse e retomá-la, pouco tempo depois, a partir desse momento.
Igualmente o que hoje nos parece pura fantasia, exagero de analistas tecnológicos ou bizarria de alguns fanáticos do mundo virtual, pode, com toda a facilidade fazer parte do nosso dia a dia, dentro de pouco tempo. Exatamente com os parâmetros atuais ou, porque não?, com as devidas adaptações. A probabilidade de concretização é tanto maior quanto mais elevado é, já, o investimento que as grandes empresas tecnológicas estão a fazer em determinados domínios e plataformas. Refiro-me ao Metaverso onde o dono do Facebook (que, e não é por acaso, mudou o nome da empresa detentora desta plataforma, para Meta) pretende acrescentar vários milhares de milhões de dólares aos muitos que já leva aplicados nesta tecnologia.
O certo é que muitos adeptos “vivem” uma segunda vida ou, melhor, uma parte da sua vida, dentro de uma realidade virtual que, em alguns casos, os condiciona de forma não negligenciável, para o bem e para o mal. As empresas envolvidas estão a criar um mundo artificial onde “vivem” e convivem entidades semelhantes aos seres humanos a que se convencionou chamara “avatar”. Isto não é novidade e já passou pelas salas de cinema uma película explorando este tema. Porém, essas entidades podem e começam a ser, cada vez mais ligadas aos seus “proprietários”, através do uso de sensores, visuais, auditivos, tácteis e sensoriais, cada vez mais sofisticados, de tal forma que o avatar e o humano se “confundem” em aspetos cada vez maiores e mais profundos. Tanto assim que há já alguns países a elaborarem códigos e leis de convivência, respeito, direitos e deveres para regularem a existência e vivência nesse ecossistema.
Esta tecnologia, aliada à cada vez mais desenvolvida e difundida Inteligência Artificial, permite já diagnósticos médicos seguros e, fala-se, abre portas para a própria intervenção, garantidos que estejam alguns elementos de segurança e fiabilidade. Mas também para abusos pois há notícias de ofensas que podem provocar danos psicológicos e até físicos.
Há porém quem garanta que esse caminho só será trilhado por uma minoria, obcecados com os jogos electrónicos e com tendência para, infantilmente, se refugiarem em mundos paralelos com o intuito de fugir à realidade.
O futuro no-lo dirá.
Porém aparecem já no horizonte novas profissões dedicadas a este tema, seja ele universal ou apenas um nicho de mercado. Contudo, em qualquer dos casos é necessário dar a devida atenção à protecção individual, à segurança e à integridade dos cada vez mais cobiçados dados pessoais.

José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia) e A Morte de Germano Trancoso (Romance), Canto d'Encantos (Contos) tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

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