Agora que se conjugaram as condições necessárias para o fazer, libertei-me, finalmente, da ditadura dos horários, das rádios, das televisões, das internetes, das redes sociais etc., etc. para, à luz da interioridade e do que ainda resta da sua autenticidade, procurar viver em toda a sua extensão, durante algumas semanas, a crise e a realidade do dia a dia das gentes do nosso nordeste transmontano, crise que, da mesma forma que atingiu as economias da grande maioria dos povos, e isto já não há como ignorá-lo, condiciona também fortemente a vida de todos os transmontanos, neste caso em condições especialmente penosas, e particularmente agravadas pelas condicionantes da interioridade, do esquecimento e do quase total abandono de décadas a que, salvo raríssimas e louváveis exceções, têm sindo votados pelos poderes instituídos.
Enquanto, nos palcos dos grandes areópagos nacionais e internacionais os povos continuarem a discutir unicamente os interesses estratégicos destes e daqueles, disto e de mais aquilo, (geralmente em consonância com os interesses imediatos dos mais poderosos e bem instalados na vida) e a delinear respostas para cenários que não aconteceram e, se tal não for do interesse desses tantos, (sempre os mesmos), poderão nunca vir a acontecer, as esperanças de mudança nunca passarão disso mesmo.
No entanto, as dificuldades das gentes das nossas terras, por muitos tendenciosamente consideradas de menor importância, de reduzido impacto na opinião pública, de peso displicente nas sondagens, de nenhum interesse para as estratégias eleitorais e que, mais dia menos dia, acabarão por cair no esquecimento, ou por se resolverem por si próprias, são dificuldades bem reais que exigem, se não mais, pelo menos a mesma atenção e o mesmo cuidado com que, em pleno século XXl em qualquer sociedade desenvolvida, justa e organizada devem ser encarados e resolvidos, com justiça e equidade, os problemas e as dificuldades do dia a dia de todos os seus cidadãos.
Sem, minimamente, por em causa o direito inalienável de todas as pessoas fazerem ouvir a sua voz e dar conta da sua insatisfação e dos seus anseios, nada mais falso do que passar a ideia de que os problemas do país se resumem às dificuldades dos grupos com capacidade para reivindicarem os seus direitos sempre que têm a oportunidade para o fazerem porque, muito para além disso, há a vida e o futuro dum país onde, a título de exemplo, as pessoas usufruem dum Serviço Nacional de Saúde que mais parece um Serviço Nacional de Doença, os pensionistas vivem, dia após dia, o drama da incerteza do amanhã, o ensino é a vergonha e a miséria que está à vista e vivemos num país que, depois de destruir o seu aparelho produtivo de bens de primeira necessidade, vive agora com o credo na boca sem saber até quando conseguirá importar tanto produtos essenciais para a alimentação das pessoas, como matérias primas para a laboração das empresas.
Mas isto serão contas doutro rosário.
Enquanto, nos palcos dos grandes areópagos nacionais e internacionais os povos continuarem a discutir unicamente os interesses estratégicos destes e daqueles, disto e de mais aquilo, (geralmente em consonância com os interesses imediatos dos mais poderosos e bem instalados na vida) e a delinear respostas para cenários que não aconteceram e, se tal não for do interesse desses tantos, (sempre os mesmos), poderão nunca vir a acontecer, as esperanças de mudança nunca passarão disso mesmo.
No entanto, as dificuldades das gentes das nossas terras, por muitos tendenciosamente consideradas de menor importância, de reduzido impacto na opinião pública, de peso displicente nas sondagens, de nenhum interesse para as estratégias eleitorais e que, mais dia menos dia, acabarão por cair no esquecimento, ou por se resolverem por si próprias, são dificuldades bem reais que exigem, se não mais, pelo menos a mesma atenção e o mesmo cuidado com que, em pleno século XXl em qualquer sociedade desenvolvida, justa e organizada devem ser encarados e resolvidos, com justiça e equidade, os problemas e as dificuldades do dia a dia de todos os seus cidadãos.
Sem, minimamente, por em causa o direito inalienável de todas as pessoas fazerem ouvir a sua voz e dar conta da sua insatisfação e dos seus anseios, nada mais falso do que passar a ideia de que os problemas do país se resumem às dificuldades dos grupos com capacidade para reivindicarem os seus direitos sempre que têm a oportunidade para o fazerem porque, muito para além disso, há a vida e o futuro dum país onde, a título de exemplo, as pessoas usufruem dum Serviço Nacional de Saúde que mais parece um Serviço Nacional de Doença, os pensionistas vivem, dia após dia, o drama da incerteza do amanhã, o ensino é a vergonha e a miséria que está à vista e vivemos num país que, depois de destruir o seu aparelho produtivo de bens de primeira necessidade, vive agora com o credo na boca sem saber até quando conseguirá importar tanto produtos essenciais para a alimentação das pessoas, como matérias primas para a laboração das empresas.
Mas isto serão contas doutro rosário.
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