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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 25 de setembro de 2022

Cientistas descobrem que os lobos, tal como os cães, podem desenvolver afecto por humanos

 Um grupo de investigadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, fez experiências de comportamento com 10 lobos e 12 cães huskies do Alasca. Os resultados foram agora publicados.

Lobo (Canis lupus). Foto: Marcel Langthim/Pixabay

Num artigo publicado esta terça-feira na revista científica Ecology and Evolution, a equipa de quatro investigadores explica que as experiências foram realizadas com lobos e com cães que tinham 23 meses de idade e que tinham sido criados por humanos em instalações da Universidade de Estocolmo, todos com as mesmas condições.

O objectivo da equipa foi perceber se apenas os cães (Canis familiaris) têm a capacidade de formar laços de afecto com humanos, que teria assim sido adquirida após a domesticação desses animais, ocorrida há 15.000 a 40.000 atrás. Ou se, pelo contrário, esse traço genético já existiria nos antecessores dos quais descendem também os lobos-cinzentos (Canis lupus).

Para isso, os investigadores realizaram diversos testes em que cada animal era colocado numa sala onde entravam e saíam pessoas familiares e desconhecidas, criando uma situação de stress, para observar se tanto cães como lobos distinguiam entre os dois grupos de pessoas.

“Foi exactamente isso que vimos”, afirma Christina Hansen Wheat, autora principal do artigo, citada numa nota de imprensa publicada pela universidade sueca. “Foi muito claro que os lobos, tal como os cães, preferiam as pessoas familiares face às estranhas”.

Christina Hansen Wheat e o jovem lobo Lemmy, um dos participantes nos testes. Photo: Peter Kaut

Ainda assim, o que foi mais interessante, sublinha a cientista, foi que ao contrário dos cães, os lobos mostraram que estavam em stress e a ser afectados pela situação, pois caminhavam pela sala de teste. “O mais notável foi que quando uma pessoa familiar que os lobos conheciam desde sempre entrava na sala, o comportamento de stress parava, indicando que essa pessoa actuava como um amortecedor de stress social para os animais.”

“Não acredito que isso tenha sido alguma vez mostrado em relação aos lobos e isto confirma a existência de laços fortes entre os animais e a pessoa que lhes é familiar”, nota a mesma responsável.

A investigadora acredita que isso pode estar ligado ao comportamento actual dos cães, até porque “os lobos que mostravam sinais de afecto para com humanos poderão ter tido uma vantagem selectiva, por serem preferidos durante os primeiros tempos de domesticação”.

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