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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Biólogo apela ao Governo para manter caudais mínimos no Douro Internacional

 O biólogo e presidente da Associação Palombar, José Pereira, apelou hoje ao Governo português para que sejam mantidos os caudais no rio Douro para manter “viva” o ecossistema no seu troço internacional, rico em fauna piscícola e avifauna rupícola.


“O que devemos esperar do nosso Governo e de quem tutela estes assuntos é que defenda a garantia de haver caudais mínimos para manter vivo o ecossistema aquático e toda a sua biodiversidade, [que conta] com espécies únicas na Europa como aves rupícolas”, afirmou à Lusa o especialista em avifauna e meio ambiente.

O rio Douro entra em Portugal na localidade de Pardela da Raia, no concelho de Miranda Douro, distrito de Bragança, a jusante da barragem espanhola do Castro, "sendo este o primeiro concelho raiano em território nacional a sofrer os efeitos de uma diminuição eventual de caudais neste curso de água transfronteiriço, todo ele incluído na área do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)”, disse.

Portugal e Espanha comprometeram-se na quarta-feira a encontrar “soluções que minimizem os impactos” da seca, admitindo preocupação perante as previsões meteorológicas que obrigarão ao reforço da coordenação da gestão da água e da libertação de caudais.

O compromisso foi assumido numa declaração conjunta de Portugal e Espanha, divulgada pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, depois de os dois países terem acordado reduzir as descargas de água de barragens espanholas da bacia do Douro, assumindo a impossibilidade de cumprimento dos caudais mínimos acordados.

No texto, os executivos confirmam que até sexta-feira, quando termina o atual ano hidrológico, Espanha “não irá cumprir com os caudais anuais nos rios Tejo e Douro, que se antecipa que fiquem em cerca de 90% dos valores estabelecidos na Convenção”.

O biólogo lembrou que “há compromissos assumidos entre os dois países ibéricos” e considerou que “não se pode nadar para trás, porque poderá a médio prazo haver consequências graves para o ecossistema do Douro Internacional”.

Para José Pereira, as primeiras espécies a “sofrer” com a redução de caudais, se não forem respeitados os mínimos, são as piscícolas, e este efeito depois alastra-se a todo “um rico” ecossistema natural.

“É preciso manter a força física e química das águas do rio Douro para manter toda a sua biodiversidade”, vincou José Pereira.

A Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção.

A área de intervenção da Palombar é principalmente a região de Trás-os-Montes, contudo, a associação tem vindo a expandir o seu território de atuação.

Na sequência de uma reunião no sábado entre os governos dos dois países, foi tomada "de comum acordo" a decisão de "reduzir a descarga de água das barragens hidroelétricas durante esta última semana do ano hidrológico, perante a evidência de que já não se vai cumprir a 100% o estipulado na Convenção de Albufeira", que rege a gestão e os caudais dos rios partilhados por Portugal e Espanha, segundo uma resposta enviada na quarta-feira a questões da agência Lusa da assessoria de imprensa do Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico espanhol (MITECO).

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