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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 4 de março de 2023

Miranda do Douro "tudo fará" para que EDP pague impostos da venda de barragens

 O município de Miranda do Douro disse hoje que "tudo fará, incluindo recurso aos tribunais", para que a EDP pague os impostos sobre a transação das barragens existentes neste concelho, após declarações do diretor executivo da empresa elétrica.


“Face às mais recentes declarações do presidente executivo da EDP [Miguel Stilwell d’Andrade], numa conferência realizada em Londres [na quinta - feira], as mesmas só vêm demonstrar que esta empresa não tem intenção de pagar os impostos devidos relativos à transação das barragens de Picote e Miranda, realizada em 2020”, disse à Lusa o vereador da Câmara de Miranda do Douro, Vítor Bernardo.

O autarca acrescentou que a EDP durante décadas “se furtou ao pagamento do IMI dos edificados das barragens”.

O diretor executivo da EDP disse na quinta-feira não compreender a decisão de cobrar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) às barragens e que entende que não se aplica a este tipo de bens, mas aguarda despacho do Governo para tomar decisões.

“A avaliação que fazemos à partida, mas não conhecemos o despacho, é que o IMI não se aplica a este tipo de bens. […] Não compreendemos o que pode ter levado a esta alteração de decisão, mas aguardaremos pelo despacho”, disse o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, em conferência de imprensa sobre o plano estratégico 2023-2026, apresentado quinta-feira, em Londres.

O Governo decidiu, recentemente, que vai incumbir a Autoridade Tributária (AT) de fazer a cobrança do IMI das barragens, referente aos últimos quatro anos.

“Para nós, esta posição do responsável máximo por esta empresa, não é uma novidade”, vincou Vítor Bernardo.

Face a estas declarações de Miguel Stilwell d’Andrade, a Câmara de Miranda do Douro garante que “tudo fará, incluindo o recurso aos tribunais, a sensibilização dos decisores políticos e da opinião pública, para que os impostos devidos pela transmissão das barragens de Picote e Miranda sejam cobrados”.

“Desejamos que a EDP obtenha os lucros que prevê, porque assim vai ser mais fácil pagar os impostos devidos com a transmissão das seis barragens na bacia do Douro”, vincou Vítor Bernardo.

Por seu lado, o advogado da câmara de Miranda do Douro, António Preto, referiu que “a EDP tem beneficiado de um conjunto de privilégios que incluem a isenção do pagamento de impostos e quer manter esses privilégios”.

“Ninguém compreende, nem aceita, que uma empresa que fatura milhões de euros com a extração da riqueza num determinado território, não se sinta na obrigação de contribuir com parte da riqueza que obteve para o bem-estar das populações dessa região e do país”, frisou o causídico.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

FYP (MPE)//LIL
Lusa/fim 

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