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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 16 de maio de 2023

Autarca de Moncorvo apela ao Governo para que inicie troço do IP2 no concelho

 O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, apelou hoje ao Governo para que dê início às obras do troço do Itinerário Principal 2 (IP2) no concelho, uma empreitada prevista desde 1986.

“Verifica-se hoje que o concelho de Moncorvo não tem construído um troço do IP2 em toda a sua extensão. Há um parecer do Tribunal de Contas Europeu que dita que o Estado português tem que terminar, obrigatoriamente, este itinerário até 2030. Se tal não acontecer, terá de devolver verbas à União Europeia”, disse à Lusa o autarca social-democrata daquele município do distrito de Bragança.

Nuno Gonçalves acrescentou que o município de Torre de Moncorvo tudo fará, quer junto das instâncias nacionais como internacionais, para que até 2030 o IP2 seja uma realidades no troço que vai da Junqueira (Moncorvo) até ao Pocinho (Foz Côa), sendo este o único desta via estruturante que liga Bragança a Faro, pela região do interior do país, que não está construído.

“Das propostas de traçado apresentadas pela entidade concessionária do IP2, o executivo municipal de Torre de Moncorvo aprovou por unanimidade, em reunião de câmara de 02 de janeiro, um traçado que passa mais próximo da sede de concelho e que não colide com as decisões tomadas pelo Ministério do Ambiente e ouras organizações ligadas ao processo”, vincou o autarca.

Esta decisão foi igualmente dada a conhecer na última Assembleia Municipal, que decorreu em 28 de abril de 2023.

Nuno Gonçalves vincou ainda que o IP2, aquando da sua apresentação pública, em meados da década de 80 do século passado, era caracterizado como “uma via estruturante e foi sobre este pretexto que foi financiada por fundos vindos da Europa para fazer a ligação entre o norte ao sul de Portugal”.

“O concelho de Torre de Moncorvo foi o primeiro do país a ter uma plataforma para o IP2, que depois foi desclassificada para E802/Estrada Nacional (EN102) devido a problemas ambientais, nos quais se inclui a chamada cheia milenar, área que tem de ser protegida e que se estende pela zona ribeirinha do Douro, entre Moncorvo e Foz Côa”, explicou o autarca.

Para a autarquia de Torre de Moncorvo, com o novo estudo apresentado pela entidade concessionária do IP2 haverá uma nova plataforma que será sobreposta àquela que já teve vários pareceres negativos e, desta forma, a empreitada poderá seguir em frente.

Já o vereador da oposição socialista Adriano Menino disse que se trata de uma obra que une todo o executivo e é esperada há várias décadas, e que servirá “para desencravar não só o concelho de Moncorvo, mas também toda a zona sul do distrito de Bragança”.

“Esperamos que esta obra comece a ser construída o mais rápido possível, até porque há pressão de instâncias europeias”, frisou.

A Lusa teve acesso a um documento que dá conta de que o Tribunal de Contas Europeu recomenda “prioridade” para completar a Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), depois de ter constatado que a mesma foi prejudicada pelo facto de alguns troços transfronteiriços estarem incompletos, pela falta de uma coordenação suficiente para garantir áreas de estacionamento seguro e ausência de uma infraestrutura para combustíveis alternativos não poluentes.

Com base nestas conclusões, o Tribunal “recomenda que a Comissão Europeia deve dar prioridade ao investimento na rede principal, assegurando que os estados-membros dispõem de um planeamento adequado que indique o calendário e a disponibilidade orçamental, de modo a que a RTE-T seja concluída até 2030”.

Incluído pela primeira vez no Plano Rodoviário Nacional (PRN) de 1985, pretendia-se que o IP2 se constituísse como uma ligação em formato de via rápida entre o norte e o sul de Portugal pelo interior do país, entre Bragança e Faro, passando pelas principais capitais de distrito como Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.

A Lusa contactou a Infraestruturas de Portugal, mas até ao momento ainda não obteve esclarecimentos.

FYP // JAP
Lusa/Fim 

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