“Vamos debater a inteligência artificial, em três dias. No primeiro dia, AI no Ensino, no segundo dia, nas empresas e, no terceiro, nos serviços públicos. Três setores fundamentais da nossa economia”, explicou António Fernandes, da organização.
O docente do IPB sublinha que a AI “desperta-nos curiosidade e há muito a debater”. “Queremos ver como nos pode ajudar e saber como poderemos estar preparados para enfrentar os perigos que tem associados.
É preciso legislação. Por vezes, pomos decisões a serem tomadas por máquinas quando as máquinas não têm consciência”, sublinhou.
“Na década de 90 generalizou-se a internet e hoje em dia convivemos todos com a internet de forma natural. Com a AI será idêntico”, antevê o investigador.
Já Nuno Ribeiro, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) sublinha que o Politécnico de Bragança está preparado para lidar com estes desafios.
“A AI está em cima da mesa. Na ESTIG temos, ao nível da estruturação dos cursos, contemplado unidades curriculares de Inteligência Artificial e achámos que devíamos passar, também, uma mensagem para o exterior sobre a sua importância.
A Semana de tecnologia e Gestão deste ano aborda esta temática para que possamos passar a mensagem de que estamos preparados para ajudar as empresas, as organizações, na adaptação a esta nova realidade”, explicou.
Isso poderá ser feito de diversas formas.
“Acima de tudo, pensarmos como o Ensino tem de se adaptar a esta nova realidade, de forma a que os nossos alunos possam aprender de forma diferente. Temos o caso, por exemplo, do ChatGPT, que não podemos proibir. Temos é de incentivar. Mas temos de perceber de que forma é que isso pode contribuir para que os alunos saiam mais bem preparados para o mercado de trabalho.
Para além disso, pretendemos que, quer nas unidades curriculares, quer em microcrendenciais que possamos ter a funcionar, possamos ir de encontro às necessidades das empresas, com coisas pequenas que sejam, mas que incorporem já a utilização da AI, seja na análise de dados, de processos, contribuir para que as empresas possam poupar recursos com a energia... tudo isto está a ser pensado por forma a estarmos mais perto ainda das empresas e do meio que nos envolve”, destaca Nuno Ribeiro.
“Temos de preparar o futuro e há margem para que possamos evoluir noutras áreas que não estas tão rotineiras nas empresas”, concluiu o mesmo responsável.
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