A medida entra em vigor a partir de Janeiro, depois da proposta dos deputados socialistas eleitos pelo distrito ter sido aprovada na especialidade do Orçamento de Estado para 2024.
Desde 2012 que a alheira tinha o IVA a 23%, mas a situação vai mudar a partir de Janeiro. Com esta redução de 10% para o consumidor, Tiago Ribeiro, proprietário das Alheiras Angelina, em Mirandela, acredita que as vendas vão aumentar, compensado as quebras que está a ter este ano devido à inflação. “Sem dúvida que vai alavancar o sector novamente das alheiras nesta altura em que a inflação está muito alta, vamos ter aqui uma alavancagem com toda a certeza”, frisou.
Pedro Caldeira, da Topitéu – Alheiras de Mirandela, não esconde a satisfação pela aprovação desta medida. “Isto tem um significado muito importante para nós. A importância do IVA reduzir para os 13% é que todas as matérias-primas que compramos são a 6% e isto vai-nos ajudar em termos de cargas fiscais, vai potencializar a que o produto seja mais económico ainda”, referiu.
Para Pedro Taveira, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Mirandela, o IVA da alheira baixar “é uma vitória para a associação” que tem vindo a trabalhar neste sentido, mas também “é uma vitória para o consumidor, que poderá ter um produto de qualidade e excelência a um preço mais económico”.
Rui Cepeda, o grão-mestre Da Confraria da Alheira, vê com agrado a redução do IVA, sobretudo pelo aspecto de “dinamização, defesa e publicidade do produto”.
A alheira é um enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes são a carne e a gordura de porco, a carne de aves, o pão de trigo, o azeite e a banha, condimentada com sal, alho e colorau doce e/ou picante.
O sector da alheira em Mirandela permite manter 700 postos de trabalho e gera 30 milhões de euros por ano.
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