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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

1973 - a crise, a guerra e a vontade de mudança


 O ano de 1973 foi marcado por profundas tensões, tanto a nível mundial como nacional. A crise petrolífera, desencadeada pela decisão dos países árabes de reduzirem a produção de petróleo e aumentarem os preços, começou a ter reflexos diretos na economia portuguesa. O custo de vida subiu de forma notória. Bens essenciais tornaram-se mais caros, os salários perdiam poder de compra e o descontentamento popular aumentava.

Ao mesmo tempo, a guerra colonial continuava a exigir um enorme esforço humano e financeiro. Cada vez mais jovens eram mobilizados para combater em África, e o serviço militar foi prolongado, o que agravava o sentimento de injustiça e desgaste entre as famílias portuguesas. Muitos jovens viam os seus estudos interrompidos e a sua juventude roubada por um conflito que parecia não ter fim.

Nos meios estudantis, a insatisfação crescia. As universidades e associações académicas tornaram-se espaços de resistência, onde se intensificavam os protestos contra a repressão do regime e pela liberdade política. Apesar da vigilância da PIDE e da censura, os estudantes encontravam formas de se organizar e fazer ouvir a sua voz, contribuindo para o clima de contestação que antecederia a Revolução dos Cravos.

Paralelamente, a vida social procurava refúgio na alegria simples do convívio. As festas de garagem, os bailes populares e os encontros entre amigos tornavam-se momentos de escape, onde a juventude podia expressar-se através da música e da dança, libertando-se, ainda que por instantes, das tensões políticas e económicas do país.

1973 foi um ano de contrastes. Entre a crise e a esperança, entre a repressão e o desejo de liberdade, entre a guerra e a busca de momentos de felicidade quotidiana. Um ano que prenunciava as mudanças profundas que estavam prestes a transformar Portugal.

Recordações...

Obs* O Manuel Vitorino, que é membro do nosso grupo, foi um dos estudantes que pertenceu à última Associação Académica do Liceu Naconal de Bragança e eu um dos que pertenceu à primeira Associação de Estudantes. Somos da mesma idade. Manuel Vitorino, conta-nos algumas histórias... para que não se percam no tempo e com as pessoas... até a da viagem de avião. Um grande abraço.

HM

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