Depois de encerrado durante nove meses para obras de requalificação e conservação no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), num investimento total de cerca de meio milhão de euros, o Museu do Abade de Baçal abre portas novamente, no dia 14 de novembro, com melhores condições, salas renovadas, novas obras e até raras.
Numa visita guiada, esta terça-feira, aos jornalistas o diretor do Museu de Abade Baçal, Jorge da Costa, apresentou e adiantou o que o público pode esperar. “Vai abrir com um novo folgo. Foram dias complexos, mas que valeram a pena pelas melhores condições que o museu apresenta neste momento, sobretudo, por exemplo, de intervenções no âmbito da climatização, da iluminação, da acessibilidade, e isso vai trazer efetivamente, de alguma maneira, um novo museu. O objetivo foi destacar aquilo que de melhor tem o museu. Porque o museu existia, a qualidade das coleções existe. O objetivo aqui foi realçá-lo", explicou o diretor do espaço que comemora 110 anos.
Entre as principais alterações, o destaque vai para a experiência de quem visitar o museu. Foi melhorada e é agora mais inclusiva. "Integramos um projeto de acessibilidade realizado com o Instituto Politécnico de Bragança, que tendo em conta que o museu disponibiliza Wi-Fi em todas as salas, exploramos as novas tecnologias, com o acesso através de QR Codes, para termos linguagem de visitas narradas em português e inglês e também em língua gestual portuguesa. Queremos que o museu seja também cada vez mais inclusivo", aponta.
Pretende-se que a cultura chegue a todos com a explicação e simplificação da informação sobre as obras. “Quisemos que o museu tivesse informação ao público sobre aquilo que veem. É o caso dos textos de parede em linguagem simples, bilíngues, mas também textos explicativos das obras que consideramos mais importantes da coleção.”
A maioria das salas encontram-se agora renovadas, algumas apresentam peças únicas e raras, como os dois freios dos maldizentes e a arca dos santos óleos, mandada construir por D. Frei Aleixo. Segundo o diretor, há muitas novidades para descobrir. “Praticamente todas as salas têm obras novas, mas também de algumas salas como a do Abade Baçal, onde foi registada uma profunda integração de objetos, dos mais diversos objetos pessoais, documentais, fotografias. É possível também assistir ao único filme que existe onde é visível as imagens em movimento de Abade Baçal, sobre os 70 anos da sua festa de aniversário. Outras salas, como a sala do mobiliário e das artes decorativas, a sala da pintura e escultura do século XVIII e XIX. Também a sacristia da capela privada do Paço Episcopal, que foi também reaberta ao público pela primeira vez.”
A reabertura do Museu Abade Baçal acontece no dia 14 de novembro e conta um programa com a duração de três dias com entrada gratuita. O primeiro dia vai ser marcado com a inauguração da exposição temporária “Olhar Portugal”, do Museu Nacional de Arte Antiga, a partir das 17 horas.
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