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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Afinal por que razão fazemos nós a Árvore de Natal?


A tradição da Árvore de Natal tem origens que remontam à antiguidade. Ainda que a forma como hoje a conhecemos só recentemente se tenha tornado um hábito, há ecos de tradições semelhantes entre os romanos, egípcios ou celtas.
A árvore de Natal é uma tradição cristã. No entanto algumas raízes mais profundas desta tradição parecem estar ligadas ao solstício de Inverno em 22 de Dezembro, à promessa do fim do Inverno e das boas colheitas do ano seguinte.
Há ecos de tradições semelhantes entre os romanos, que enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da Agricultura, mais ou menos na mesma altura do ano em que hoje preparamos a nossa árvore de Natal. Entre os Egípcios usou-se decorar as habitações com plantas, nas culturas célticas os druidas enfeitavam os ramos nus dos carvalhos nesta mesma época.
No Século VII, S. Bonifácio pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e conta a tradição que usava o perfil triangular dos abetos como símbolo da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Em resultado desta pregação o carvalho, considerado pelos gentios como um símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto. Já no século XII na Europa Central penduravam-se árvores com o ápice para baixo com a mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
No centro da Europa a árvore de Natal vulgarizou-se a partir do Século XVI com o sentido que ainda hoje lhe damos, havendo notícia de árvores de Natal em 1510 na Lituânia.
Conta-se que terá sido Lutero que após um passeio na floresta com as estrelas brilhantes sobre um céu limpo de Inverno trouxe à sua família essa imagem sob a forma de uma árvore com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas. Estava o costume enraizado. A partir daí as Árvores tal como as conhecemos passaram a marcar o Natal. Eram originalmente muito ligadas ao mito de Adão e Eva e à simbologia da Árvore do Paraíso, sendo decoradas com doces e flores de papel, flores vermelhas representando o conhecimento e brancas representando a inocência.
Nasceu também a indústria das decorações de Natal nas quais a Turíngia se especializou.
No princípio do Século XVIII, com os monarcas de Hannover, a Grã-Bretanha começou a importar a tradição. Mas foi uma imagem publicada pela Illustrated London News, mostrando a Rainha Vitória e Alberto, com os filhos, junto à árvore no castelo de Windsor no Natal de 1846, que consolidou a tradição nas Ilhas britânicas.
Na América a tradição remonta à guerra da independência, trazida, como não podia deixar de ser, por soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a diversidade de povos e culturas. Contudo, no Natal de 1856 a Casa Branca estava enfeitada com uma árvore de Natal e desde 1923 que esta tradição se mantém sem interrupções. 
E em Portugal ? 
A aceitação da árvore de Natal pelos Portugueses é recente quando comparada com outros países, o presépio foi durante muito tempo a única decoração natalícia. Em Portugal se fizeram e fazem dos mais belos presépios do mundo. Quem não conhece os famosos presépios de Machado de Castro?
Até aos anos cinquenta, a Árvore de Natal era até algo mal vista nas cidades, e nos campos era pura e simplesmente ignorada. Mas o tempo tudo muda. Hoje é já uma tradição e todos gostamos de trazer um pinheiro e sentir o cheiro amável com que invade a casa. É como se nesta altura um pouco dessa terra longínqua, pura e bravia com que gostamos de sonhar desde crianças se materializasse mesmo ao pé de nós.


Carlos Rui Carvalho
in:naturlink.sapo.pt

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