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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 22 de abril de 2012

Animais caçados sem controlo


Mais de dois milhões de tordos e 888 mil coelhos-bravos foram abatidos nas zonas de caça portuguesas entre 2009 e 2011 e terão sido as duas espécies mais caçadas. Logo a seguir vem a perdiz-vermelha, com mais de 516 mil exemplares.
Os dados, cedidos em exclusivo ao SOL pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), correspondem, porém, apenas a uma parte dos animais caçados em todo o país. É que este organismo (tutelado pelo Ministério do Ambiente e Agricultura) só tem disponíveis na base de dados, os valores referentes às espécies mortas em 62% das zonas de caça (na época de caça 2009/10), e a 49% destas áreas na de 2010/2011.
Aliás, os vários organismos do sector acusam a tutela de falta de controlo sobre as espécies caçadas e há muito que alertam para a importância de se saber quais e quantos animais são mortos no país com esta actividade.
«Os dados sobre a caça deviam estar publicados e ser disponibilizados às organizações todos os anos. Mas, se existem, nunca foram actualizados», explica o presidente da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses (CNCP), Vítor Palmilha, acrescentando que são importantes para apurar o impacto sócio-económico da actividade em Portugal. «Só assim podemos descobrir, de uma vez por todas, o peso económico que os caçadores têm para a economia do país, sobretudo, numa época de crise como a que vivemos», avisa.
Também João Carvalho, da Associação Nacional dos Proprietários da Caça (ANPC), alerta para a importância destas estatísticas. Por um lado, nota o responsável, só a divulgação anual dos valores permite «prever as oscilações das populações migratórias».
Por outro, adverte, «com estes números, cada zona de caça pode fazer a gestão das populações das suas espécies, e perceber se podem ser mais abatidas».
Rola-comum cada vez mais ameaçada
As estatísticas são também fundamentais para a conservação das espécies.
Segundo os dados da AFN, foram várias aquelas em que se verificou um aumento de abates. É o caso de algumas espécies de patos selvagens, cujo abate a tutela decidiu reduzir em Março, cumprindo directivas da Comissão Europeia (CE). Os dados a que o SOL teve agora acesso revelam um aumento na caça dos patos nos últimos anos: de 2009 para 2011, houve mais 5847 animais abatidos – apesar de existirem menos exemplares desta espécie migratória. Também a galinhola –, cuja população está a regredir no país – continua a ser mais caçada: em 2011 foram mortas mais 15 aves do que na época anterior.
Já no caso da rola-comum – outra das espécies em perigo –, houve uma diminuição de quase 30 mil aves caçadas entre os dois anos.
Mas, para a Quercus, isto é um mau sinal: «Pode significar que há menos exemplares e estamos a falar de uma das espécies mais ameaçadas no país».
Referindo-se aos veados e javalis, fonte daquela associação ambiental acrescenta que, «se o levantamento estivesse feito há mais tempo, podiam prevenir-se os problemas que agora existem de tuberculose em toda a faixa raiana, de Trás-os-Montes a Barrancos».
Apesar de a AFN garantir que estão a ser caçados menos javalis e veados, a Quercus avisa que essa garantia não é suficiente: «Continua a não se saber quantos animais existem. Por isso, a doença pode espalhar-se para o resto do país».


sonia.balasteiro@sol.pt

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