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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

As redes hidrográficas concelhias

Rio Maças
...continuação
Os rios que se desenvolvem no território do Concelho de Macedo de Cavaleiros, articulam-se na sua maior parte ao rio Sabor. O principal a desenvolver-se também por aqui é o rio Azibo que aqui recebe uma série de pequenos ribeiros: o ribeiro da Veiga de Castro, o ribeiro de Palheiros, o ribeiro da Veiga de Vinhas, que unidos num só regato, se junta a 3 outros – ribeiro das Vinhas, ribeiro das Corças e ribeiro de Vale Escuro que todos juntos se lançam e engrossam o Azibo (Memória de Banrezes).
No Sabor lança-se o ribeiro de Crasto (com nascente em Serapicos), que toma o nome de ribeiro de Gralhós – logo que sai de Crasto – este recebe a ribeira Porto de Morais e se lança no Sabor, antes da ponte de Remondes (Memória de Castro Roupal); o rio Zebro, com origem na serra de Calvelhe e Monte Serapicos, que entra no Sabor, depois de um curso de cinco léguas no termo de Talhas.
Tem uma ponte de alvenaria para passar para o lugar de Morais (Memória de Gralhós). A ribeira que nasce em Rebordainhos e se lança no Sabor no sítio da Derguiceira (Memória de Morais). Para o Tua, corre o rio Mercea – assim chamado até ao lugar de Miões – depois rio de Vides, que entra no Tua, em Mirandela, depois de um percurso de cinco léguas (Memória de Cortiços); o rio Macedo com origem na serra da Nogueira, que entra no Tua, por baixo da Torre de D. Chama, depois de um percurso de 3 ou 4 léguas (Memória de Nuzelos).
Pelo termo do Concelho de Mogadouro passa o Sabor, principal ancoradouro dos cursos de águas que nascem e se desenvolvem pelo território concelhio. Destes um dos principais é o rio Maçãs que recebe pequenos rios e ribeiros que lança no Sabor, entre Ambas as Águas. A emergir de entre outros pequenos riachos e ribeiros, a Ribeira que nasce na Porta da Fragoa, lugar de Varis e que ao longo do seu trajecto de 4 léguas vai recebendo diferentes nomes, Bolha, Rudela, S. Gonçalo e em Azinhoso, ribeira de Azinhoso. E depois, Espinheiro Redondo, S. Miguel, S. Martinho e finalmente Ribeira de Macedo. Divide diversos termos concelhios e paróquias – Azinhoso, Penas Róias, S. Martinho do Peso e lança-se no Maçãs, no sítio de Figueiredo. 

Para além de pontes de pau (ponte de Penas Róias), localiza-se nele a ponte de pedra de Azinhoso. (Memória de Penas Roias).
A ribeira de Comba, que nasce por cima da Quinta da Comba, fundo da serra de Montemel, recebe ao longo do seu percurso a ribeira de Lungual, que nasce também na serra de Montemel e lança-se no Sabor, no sítio de S. Gonçalo do Marquês de Távora. Tem no seu percurso a ponte de pedra na Quinta de Zacarias, com dois arcos de cantaria (Memória de Castro Vicente). A ribeira de Peso que nasce na serra da Abelha com uma ponte de um arco de alvenaria, as suas águas movem moinhos e pisões «de panos pardos» (Memória de Macedo de Peso).O rio Angueira que nasce por cima de Angueira e lança-se no Maçãs, em Picões (Memória de Macedo do Peso). Directamente no Sabor lança-se a ribeira que vem de Freixeda, termo de Vale do Porco e entra no Sabor por baixo da Quinta de S. Pedro (Memória de Meirinhos) e a ribeira que tem seu início na serra de Gajope, termo de Burçó e se lança no Sabor, à Quinta de Castrelos (Memória de Meirinhos).
Dois ribeiros perpassam o Concelho de Vimioso: Angueira e Maçãs. O Angueira que vem de Espanha, de Alcanices. Os Memorialistas referem-lhe 5 a 7 léguas ou mesmo mais que percorrem entre o nascimento e a foz (pode no caso inferior referir-se ao circuito em território português). Recebe pequenos regatos ou ribeiros – regatos de Caçarelhos, Ferreiros, Tosturas, Moredos, Tornos (Memória de Vale de Algoso) e também o ribeiro de Caderno e lançam-se no Maçãs, por baixo de Algoso. Nele vão lançadas – para além de 4 pontes de madeira – 2 pontes de cantaria, uma no termo de Algoso, outra dita de S. Joanico, no lugar do mesmo nome. Esta metade de madeira e metade de cantaria, isto depois de uma tormenta há 18 anos lhe levar a metade. É estrada de grande necessidade para o serviço público – «da republica» diz o padre – maxime dos destacamentos que passam de Bragança para Miranda. 

Havia outra ponte entre Vimioso e o lugar de Caçarelhos, mas esta ficou quase sem vestígios por motivo das mesmas tormentas. Era «estrada real, também de muita utilidade, para ser conveniente a todo o Bispado, em ordem ao concurso para a capital de Miranda pela qual passava o destacamento que vinha de Miranda para Bragança» (Memória de Vimioso). Ao rio Maçãs que aqui se refere de extensão 12 a 13 léguas do nascimento à foz no Sabor (Memória de Campo de Víboras), referem-se-lhe neste termo de Vimioso 3 pontes de cantaria: uma do lugar de Argozelo para o de Pinelo, «serve para a estrada de Miranda» (Memória de Pinelo); a de Carção para Vimioso; a de Matela para Algoso (Memória de Argozelo, Carção, Caçarelhos, Pinelo).

continua...

Memórias Paroquiais 1758

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