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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Dona Chamôrra

Local: Torre De Dona Chama, MIRANDELA, BRAGANÇA

Dona Chamôrra era uma princesa moura muito bela e rica, mas ambiciosa e má. Tinha o seu castelo no monte mais alto de uma povoação que ela dominava e onde os habitantes eram seus escravos, entregando-lhe todo o ouro que arranjavam no dia-a-dia. E para que não se esquecessem de subir ao monte a entregarem-lho, ela ia à torre do castelo e tocava três vezes num enorme gongo de ouro. O som ecoava nas redondezas e cá em baixo o povo dizia: 
    — Vamos, que a Dona Chama! 
    E assim a moura amontoava riquezas e mais riquezas no seu castelo, ao mesmo tempo que o povo passava fome. 
    Até que um dia o povo se cansou de tantos sacrifícios e, após reunião de todos, decidem revoltar-se contra a tirania da moura: deixaram de lhe levar mais ouro. Ela bem tocava no gongo, mas o povo… nada. 
    Ela então, incapaz de lutar contra todos, e adivinhando que a seguir lhe iriam buscar o ouro ao castelo, resolve vingar-se à sua maneira. Agarra no ouro todo que tinha e enterra-o num poço bem fundo com uma enorme pedra em cima. E ao lado abre outro poço e enche-o de peste, cobrindo-o com uma pedra igual. De maneira que os poços não se diferençavam. 
    Foi depois à torre do castelo, tocou três vezes para chamar o povo e disse: 
    — Vou desaparecer, mas vós nada lucrareis com isso. Quem tentar encontrar o poço onde está o ouro enterrado, arrisca-se a encontrar o poço de peste e, se tal acontecer, morrereis todos. Por isso, se pobres estais, pobres ficareis. 
    E o povo, conformado, retorquiu: 
    — Pelo menos, somos livres! 
    Diz-se que os poços ainda lá estão com as respectivas pedras em cima. E que ninguém se atreve a ir lá procurar o tesouro.

tesouro-imagem-animada-0005Fonte:PARAFITA, Alexandre A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros

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