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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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segunda-feira, 2 de julho de 2012
Dezenas de taxistas de Bragança não vão sobreviver à nova lei de transporte de doentes
Algumas dezenas de taxistas protestaram hoje, em Bragança, contra a perda de exclusividade do transporte de doentes não urgentes que alegam porá em causa o futuro de perto de uma centena de profissionais que vive praticamente deste serviço.
Os taxistas do distrito transmontano decidiram organizar um protesto solidário com a concentração que decorreu, durante a manhã, na capital, mas a nível local, porque "de Bragança a Lisboa são 500 quilómetros" e não têm dinheiro para gastar em combustível, como explicou Marcelino Ferreira, delegado distrital da ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros).
O motivo do descontentamento é o mesmo: a nova portaria governamental que permite o transporte de doentes não urgentes, até agora feito apenas por táxis e ambulâncias, em carrinhas particulares de nove lugares.
Os taxistas alegam que já fazem transporte de doentes há muitos anos, pago pelo Serviço Nacional de Saúde, pelo que contestam a imposição da nova lei que os obrigará a tirar um alvará que custa 200 euros e a fazer formação no INEM para continuarem a prestar o serviço, segundo o delegado da ANTRAL.
"Se nós já somos transportadores, não se justifica um novo alvará", reiterou, lembrando que esta exigência acresce ao alvará e licença inerentes à profissão.
Acresce ainda que um táxi que transporta apenas quatro pessoas não vai conseguir concorrer com as carrinhas particulares de nove lugares, como salientou António Belchior, taxista de Mirandela e que se deslocou a Bragança para participar no protesto.
Segundo este taxista, no distrito de Bragança "andam diariamente, em média, entre 90 a 100" profissionais a transportar doentes hemodialisados.
"Se esta lei for adiante, imagine quanta gente vai para o desemprego", questionou.
Em casa de Arnaldo Pires, taxista há 40 anos, serão "quatro pessoas" que perdem o sustento, segundo o próprio, já que toda a família trabalha e depende dos três táxis e um autocarro.
"Venho aqui porque me sinto indignado pela ordem do senhor ministro da Saúde, porque já há 20 anos que transportamos hemodialisados e agora querem montar empresas com alvarás do INEM", afirmou.
O delegado da ANTRAL contou "entre 30 a 40 táxis" no protesto que começou com uma concentração junto à Câmara de Bragança e seguiu em marcha lenta pelas ruas da cidade.
HFI.
Lusa
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