A freguesia de Samões situa-se sensivelmente a meio do concelho de Vila Flor, tanto no sentido norte-sul como no sentido ocidente-oriente.
A quase seiscentos metros de altitude, numa zona planáltica, junto ao ribeiro do Vimieiro, dista cerca de três quilómetros da sede municipal. É delimitada a norte por Vilas Boas, a sul por Candoso e Carvalho de Egas, a ocidente por Freixiel e a leste por Vila Flor.
Em termos arqueológicos, no lugar de Barreiros, nas margens do ribeiro Vimeiro, podem ver-se estruturas circulares, com mais de vinte metros de diâmetro, que remontam a uma época identerminada.
Entre Samões e Candoso, no sítio das Barreiras, houve durante a Guerra da Restauração, no século XVII, uma grande batalha entre portugueses e castelhanos, da qual os portugueses saíram vitoriosos. Em memória desta batalha e dos milhares de castelhanos mortos, a Fonte que ali existia foi baptizada como a Fonte das Mil Almas.
Ao longo da sua história, esta freguesia esteve ligada ao concelho de Freixiel, mas com a sua extinção, foi integrada no de Vila Flor. Em relação ao património edificado, uma primeira palavra para a Igreja Paroquial de S. Brás, situada no topo de um espaço ajardinado. É um templo setecentista de características barrocas. A fachada principal termina em empena e tem torre sineira adossada. Acima do portal principal, o símbolo da Ordem de Malta. No interior, sobressai um altar do século XVIII e um cadeiral de igual período.
A Capela de Nossa Senhora do Rosário apresenta um estilo arquitectónico românico. Tem cabido exterior coberto e púlpito exterior. Alguns autores dizem que foi a primeira matriz da paróquia. Destaque ainda para a Capela do Espírito Santo, barroca, de 1797, e da qual só restam as paredes joaninas; e para a Capela de S. Francisco, brasonada, construída em 1782 e pertence à família Almendra. Em termos de casas senhoriais, merece destaque a Casa Almendra no Outão, construída em 1872, e na qual está integrada a Capela de S. Francisco acima referida.
Nos últimos tempos, tem aumentado o número de habitantes da freguesia, em especial graças à proximidade em relação à sede da freguesia e aos preços mais acessíveis das habitações. A ordenação heráldica da freguesia, segundo parecer emitido em 28 de Setembro de 2006, é o seguinte: «Brasão: escudo de negro, dois ramos de oliveira de ouro, frutados do mesmo, alinhados em faixa; em chefe, cruz da Ordem de Malta e, em campanha, fonte heráldica de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «SAMÕES». Bandeira: branca. Cordão e borlas de prata e negro. Haste e lança de ouro.»
Área: 136 ha
População: 400 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas de Nossa Senhora do Rosário, de S. Francisco, de Nossa Senhora de Lurdes, Cruzeiro, Fonte da Cana, Fonte do Fundo do Povo
Património Paisagístico: Barreiros, Bicos de Cegonha
Festas e Romarias: Festas da Nossa Senhora do Rosário no Primeiro de Janeiro, de S. Brás a 3 de Fevereiro
Gastronomia: Arroz de Polvo, Batatas com Bacalhau, Folar de Carne
Locais de lazer: Largo da Lameira
Espaços lúdicos: Campo de Futebol. Campo Multiusos
Artesanato: Rendas, Bordados
Lenda: Lenda de S. Brás- A bênção que cura os males da garganta e outras doenças. Conta a Lenda, quando uma mãe levou o seu filho sufocado por uma espinha de peixe, a S. Brás para que o curasse. Este levantou as mãos, fez o Sinal da Cruz e a criança ficou curada.
Turismo rural: Casa da Palmeira (Em Recuperação), Hotel Rural "Vila Júlia"
Orago: S. Brás
Principais actividades económicas: Agricultura, Cultura de Amêndoas, de Batata, de Produtos Hortícolas, Produção de Azeite e Vinho
Colectividades: Associação Recreativa e Desportiva de Samões, Junta Fabriqueira de Samões
in:retratoserecantos.pt/
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(Henrique Martins)
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segunda-feira, 2 de julho de 2012
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