A catorze quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Avelanoso situa-se no extremo norte do município, fazendo fronteira com Espanha.
É mesmo a freguesia mais a norte de Vimioso. O povoamento da área onde actualmente se insere a freguesia remonta ao período pré-histórico. São abundantes os vestígios existentes ou dos quais existe apenas o registo documental.
A Atalaia de Mó ou de Castelo dos Mouros parece datar da Idade Média. Estava situada num dos topos da Serra do Mourigo, no local exacto da fronteira com Espanha. Tratar-se-ia de um aglomerado circular com cerca de dez metros de diâmetro e com uma depressão central. Servia de vigia contra eventuais invasores.
Nos primeiros documentos em que a freguesia é citada, aparecem as formas populares Avelanso, Avelaoso e Avelaõsa. Mais tarde, iriam surgir formas mais eruditas, como Avelana, que iria corromper-se em Avelanoso.
Refere a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira" sobre esta freguesia: «O topónimo, estranho como é, à simples vista, ao idioma português, entra no número dos do velho mirandês falado, pela conservação do n- etimológico ou, a bem dizer, do próprio vocábulo latino avellanosu, de que provém. Em português, ter-se-ia Aveloso.» Avelanoso é referido pela primeira vez, na documentação oficial, nas Inquirições de 1258, ordenadas por D. Afonso III.
Aí se refere que o local tinha sido, em tempos, um vilar velho e que, aquando da fundação da Nacionalidade, estava despovoado. Durante o reinado de D. Sancho II, D. Nuno Veiro, filho do famoso D. Pedro Fernandes "de Bragança", doou a povoação ao Mosteiro de Moreirola, pertença de Leão.
O Mosteiro de Alcanizes também tinha aqui algumas propriedades. Em termos paroquiais, a instituição de Avelanoso deve ter ocorrido depois do século XIV. Em termos administrativos, pertenceu ao concelho de Outeiro até à data da sua extinção, 22 de Julho de 1853, passando então para o de Vimioso.
Em termos de património edificado, a Igreja Paroquial de S. Pedro substituiu uma outra que em tempos existiu no mesmo local. Terá sido conluída em 1739, de acordo com uma inscrição localizada entre o púlpito e o retábulo-mor. As partes mais valiosas do templo são o retábulo-mor «rocaille» tardio e alguns elementos barrocos da sacristia. A ordenação heráldica da freguesia, publicada em «Diário da República» de 5 de Janeiro de 2004, é a seguinte: « Armas - Escudo de prata, feixe de três espigas de centeio de verde, atado de vermelho, entre dois ramos de avelaneira de verde, frutados de ouro, em chefe e rodízio de vermelho realçado de ouro, em campanha. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ AVELANOSO “.Bandeira - De vermelho, cordões e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.
Área: 2943 ha
População: 249 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Cruzeiro, Moinho de Água, Tanque em Granito, Fonte de Baixo
Festas e Romarias: Festas de S. Barnabé, de Nossa Senhora da Saúde em Agosto
Gastronomia: Posta à Mirandesa, Cordeiro, Fumeiro, Folar, Bolos de Páscoa
Locais de lazer: Parque de Merendas, Parque das Olmedas
Espaços lúdicos: Polidesportivo no Largo de S. Pedro
Artesanato: Rendas e Bordados
Orago: S. Pedro
Principais actividades económicas: Agricultura, Pecuária
Colectividades: Grupo Cultural e Recreativo de Avelanoso
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(Henrique Martins)
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