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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 4 de julho de 2015

O Diabo em forma de cabrito

Local: Peredo, MACEDO DE CAVALEIROS, BRAGANÇA
Informante: Albino Gouveia (M), 78 anos

Noutros tempos, ia muita gente de Peredo ao pão e às tortas a Espanha. Uma noite, um homem, a quem chamavam Flé, vinha de Espanha com o filho, Carlos, e quando iam a passar numa floresta da vizinha povoação de Morais, sentiu berrar um cabrito. 
 — Ó Carlos, vê se o agarras que é um cabrito! — disse ele ao filho. 
 Agarraram o animal, amarram-lhe as patas e meteram-no no meio da carga do pão. Ao chegarem à porta de casa, arrearam a carga, e, mal desapertaram as patas do cabrito para o pousarem no chão, diz ele: 
 — Pousa-me devagar que me feres no cu! 
 O Flé vira-se para o filho e diz: 
 — Olha que é o Diabo! 
 E largaram-no. O animal desatou a correr, que até fazia lume com os cascos, e não o viram o mais. Na madrugada do dia seguinte, ainda escuro, o Flé mais o filho iam para uma horta, que ficava junto à capelinha de Nosso Senhor dos Aflitos, quando ouviram berrar uma cabra. Diz o pai: 
 — Ó Carlos, vai lá e dá-lhe com um sacho na cabeça. Pode ser que seja o Diabo. 
 Ele assim fez e matou-a. Depois seguiram para a horta. No regresso, já de dia, viram que a cabra ainda lá estava, morta e bem morta. Diz o Flé para o filho: 
 — Afinal, não era o Diabo! Vai lá e corta-a aos quartos, que havemos mas é de a comer!

Fonte:PARAFITA, Alexandre Antologia de Contos Populares

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