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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vilar de Perdizes - Congresso de Medicina Popular mantém sucesso porque «o fruto proibido é o mais apetecido»


A afirmação é de Padre Fontes, o impulsionador do Congresso de Medicina Popular, na sua 26ª edição. O segredo da longevidade do evento está relacionado com as abordagens porque, segundo o pároco, focam temas condenáveis pela religião, ciência e poder.
O organizador do Congresso de Medicina Popular, em Vilar de Perdizes, Montalegre, padre António Fontes, explicou, recorrendo ao ditado popular «o fruto proibido é o mais apetecido», a motivação das pessoas, vindas de Norte a Sul do país, em visitar o evento.
A 26ª edição do Congresso de Medicina Popular realiza-se de 30 de Agosto a 2 de Setembro e reúne «profissionais» do oculto, ervanários, curandeiros, exorcistas, médiuns, cartomantes e endireitas para discutir os problemas que inquietam os portugueses. 
O padre Fontes, figura emblemática do Barroso conhecido também pela organização da sexta-feira 13, frisou que as ciências do oculto, o desconhecido e o «pouco falado» atraem gente.
O evento resiste há 26 anos, nos mesmos moldes, porque, segundo o pároco, aborda temas condenáveis pela religião, ciência e poder que abrem o «apetite» das pessoas. 
Além disso, acrescentou, a temática da medicina popular não se esgota porque não está devidamente estudada, pelo que há sempre novidades. 
Regra geral, explicou o sacerdote, as pessoas que se deslocam a Vilar de Perdizes fazem-no à procura de respostas a problemas de saúde aos quais a ciência, por vezes, não apresenta soluções.
«Não é só a ciência que cura. A religião e a ervanária também curam se as pessoas tiverem crença», realçou. 
Contudo, o pároco adverte que no congresso há muita gente a «vender a banha da cobra» e a «aproveitar-se» das fragilidades das pessoas, mas a distinção entre o verdadeiro e o falso deve ser feito pelas próprias.
«Muita gente no desemprego, com problemas matrimoniais ou de saúde pensa que são invejas, pragas ou feitiçarias e procuram soluções no oculto que são erradas», disse.
Acrescentando que «o poder não está na mão de ninguém».
O padre Fontes advertiu: quem «entra» no mundo do oculto, dificilmente consegue sair. 
O facto de estar um padre à frente da organização do congresso traz, segundo o mentor do evento, maior credibilidade e é um «chamariz». 
Por estar envolvido na organização deste evento, muita gente acredita que o padre Fontes tem poderes.
«Sou anti-bruxo, anti-magia e anti-feitiçaria. As pessoas cultivam essa imagem de mim porque, na verdade, também me exponho a essa convicção», relembrou.
A aldeia de Trás-os-Montes, explicou o sacerdote, ganhou «muito» com o congresso. Houve a criação de restaurantes, hospedarias, padarias e gente com «pequenos negócios» de licores, chás e compotas.
Mas, considerou, a localidade poderia ganhar «bem mais», mas falta dinamismo e iniciativa à população. 
Hoje, na aldeia, referiu, toda a gente é curandeira de si própria, aliás «quem tem uma horta tem a medicina à porta».
O padre Fontes acredita que o congresso poderá acabar aquando da sua morte, mas terminar com o evento é como, na sua opinião, encerrar uma escola e contribuir para a desertificação da aldeia.

in:cafeportugal.net

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