A empresa Grandis Construções S.A. que operava em regime de subempreitada na construção do Brigantia EcoPark foi impedida de prosseguir os trabalhos ontem de manhã, pela adjudicatária da obra, a Santana e Companhia.
Os cerca de 30 trabalhadores foram inicialmente impedidos de entrar no estaleiro da obra do Brigantia EcoPark, em Bragança, cuja empreitada foi adjudicada pelas construções Santana e Companhia. Os operários mantiveram-se todo o dia no local como forma de protesto e na tentativa de obter mais informações, mas temem que este seja o primeiro passo para o desemprego. “Ainda não recebemos o mês de Setembro e estamos apreensivos”, contou Carlos Macedo, trabalhador. Os operários há cerca de três meses que trabalhavam naquela empreitada e não percebem o que terá acontecido, uma vez que na passada sexta-feira ainda trabalharam todo o dia. “Chegamos de manhã e disseram-nos que não podíamos trabalhar, porque a obra está atrasada”, acrescentou o trabalhador.
Entretanto, os responsáveis pela Grandis Construções decidiram avançar com um pedido de insolvência da empresa e parte dos trabalhadores serão dispensados, adiantou José Carlos, accionista. “Ainda pensamos avançar com uma providência cautelar para fazer face à posição da Santana, mas o advogado considera que não vai adiantar”, explicou. O responsável queixa-se ainda de ter a receber 60 mil euros em faturas vencidas, cujo recebimento é fundamental para a continuidade da empresa. “Sem este trabalho, que tínhamos contratado até ao final do ano, não pudemos continuar”, acrescentou José Carlos. A decisão de dispensar a Grandis Construção por parte da Santana “está relacionada com a acusação de que os trabalhos estão atrasados por nosso culpa, o que não é verdade, porque os atrasos se devem às escavações que demoraram cerca de um mês”, sublinhou.
in:mdb.pt
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