Afinal a fusão das empresas de água e saneamento do Norte não vai baixar a factura da água à população do distrito de Bragança.
Esta foi uma das conclusões a que chegaram os autarcas de Bragança e Mirandela durante o programa “ Estado da Região” de hoje, na Brigantia.Com a fusão das empresas, entre elas a águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, os municípios poderão ver a factura da água em alta baixar 15 por cento.Já quanto à factura em baixa, que é aquela que é paga pelos consumidores, o vice-presidente da Câmara diz que não deverá ter qualquer alteração. Rui Caseiro garante que a autarquia já está a cobrar valores baixos aos munícipes. “O tarifário que está colocado em baixa que é definido pelos municípios, o nosso neste momento não está indexado ao de fornecimento de água pela empresa Águas de Trás-os-Montes. Aliás, o abastecimento de água à cidade de Bragança em nada depende desta empresa.
Por isso, esta oscilação em nada interfere com a factura dos munícipes”, realça Rui Caseiro.
Os mirandelenses também deverão continuar a pagar o mesmo preço pela água. O autarca de Mirandela, António Branco, alega que só depois de estar definido o preço em alta será possível definir a taxa paga pelos consumidores. “Nós temos que entender que grande parte desta região tem tarifas relativamente reduzidas, o que significa que ainda terão que fazer algum esforço de equilíbrio em relação à chamada tarifa média.
Esse estudo só poderá ser feito depois de sabermos efectivamente qual é a tarifa final em alta. Porque hoje em dia a tarifa final em alta não garante níveis de sustentabilidade que possam fazer-nos pensar numa tarifa em baixa que cubra os custos em alta”, explica o autarca.
O presidente do conselho de administração da empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro tem uma opinião diferente. Artur Magalhães acredita que esta alteração poderá reflectir-se no valor pago pelas populações. “O custo da alta é uma das componentes daquilo que são os custos na baixa. Isto poderá ter um reflexo no preço no consumidor. Agora, por outro lado há municípios que têm preços muito baixos no consumidor e haverá situações em que terão que aumentar, mas aumentariam seguramente mais se isto não acontecesse”, assegura Artur Magalhães.
Se já é certo que com a fusão das empresas de água e saneamento os municípios vão pagar menos pela água, já o valor pago pelos munícipes não deverá sofrer grandes alterações no distrito de Bragança.
Escrito por Brigantia
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