O orçamento do Instituto Politécnico de Bragança para o próximo ano não é exequível. É o próprio presidente quem o diz.
Em Junho o Governo tinha informado de que iria haver um corte de 3,5% nos orçamentos para as instituições de ensino politécnico. Mas agora o corte ronda os 8%. “Todo o ano lectivo está planeado em função desse corte que era o que nos disseram que ia acontecer. De repente e sem aviso prévio, aquando da entrega do orçamento de estado, consultámos no site da Direcção-geral do Orçamento vimos que ele tinha sido alterado”, explica Sobrinho Teixeira, acrescentando que “há aqui um agravamento real desse corte em cerca de 8%. Isso é insustentável e o orçamento não é executável”.
O também presidente do Conselhos Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos do lembra que há encargos fixos que têm de ser assumidos e para os quais não há dinheiro. Por isso, considera que só será possível gerir as instituições se houver alterações, caso contrário vai ter de se infringir a lei. “O financiamento que nos é atribuído não cobre sequer esses custos fixos e o problema só pode ser resolvido fazendo uma abordagem diferente aos cortes que foram realizados ou vamos ter de cometer ilegalidades”, avisa. Por isso, “queremos ver com o ministério se há uma forma de resolver isso ou então que as autoridades nacionais nos digam que ilegalidades é que os presidentes estão autorizados a realizar”.
No caso do IPB há um corte de um milhão e meio de euros.
Sobrinho Teixeira revela que não há dinheiro para garantir o aquecimento. “Nós tínhamos previsto 240 mil euros para aquecimento, que já era uma redução substancial face a anos transactos e foram-nos retirados 200 mil euros dessa rubrica, restando apenas 40 mil que dá para o mês de Janeiro e pouco mais”, afirma.
No próximo ano, o orçamento do IPB será de 14 milhões de euros.
Escrito por Brigantia
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