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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

É fartar vilanagem!

No meu País...

No meu País paga o justo pelo pecador. No meu Pais quem roubou não paga nada. No meu País quem legislou por compadrio tem imunidade parlamentar. No meu País surripiam-se as reformas dos desgraçados com desculpas de austeridade. No meu País confisca-se o pão nosso de cada dia com orçamentos constitucionais e isentam-se as mordomias dos gestores de alta traição.
No meu País pagam-se os desfalques dos nababos com os patacos dos “Miseráveis”. No meu País ficam impunes os saqueadores e são torturados os saqueados. No meu País os políticos têm uma “Atracção fatal” pela corrupção, porque no meu País a corrupção tem as pernas escancaradas. No meu País os políticos são dependentes de leitinho e mamam, despudoradamente, nas enfezadas tetas do rebanho submisso.
No meu País os desertores são colocados em Bruxelas e na ONU e os carrascos da Inquisição são agraciados com cursos de Filosofia nas Universidades de Paris.
No meu País quem anda de costas ao alto e a coçar as “miudezas” recebe, da Segurança Social, muito mais do que aqueles que bateram com as “miudezas” na laje e se afogaram em transpiração, ao longo de quarenta anos.
No meu País os doentes morrem na bicha das urgências, os inocentes são condenados nas barras dos tribunais e os crimes dos dignatários acabam, sempre, por prescrever.
No meu País a populaça foi bombardeada. No meu País a arraia miúda foi napalmizada. No meu País são abatidos todos os que pagam os impostos atempadamente. No meu País são degolados os que tem o IRS e a segurança social em dia. No meu País os funcionários públicos são transferidos (pela lei da mobilidade) para o campo de “Treblinka”. No meu País os professores e educadores são desterrados para o “Tarrafal”. No meu País os jovens licenciados são exportados para a “Cochinchina”. No meu País, dependente da agricultura, a agricultura bateu na “Fossa do Mindanau”. No meu país, de barcos e de marinheiros, neste País de navegantes, a nossa frota enferruja e a nossa frota apodrece, nos estaleiros de Marrocos. No meu País os Neros incendiaram a cidade, enquanto tangiam arpas na Quinta do Lago e culpabilizaram os cristãos. No meu País, nem no culminar das batalhas teremos direito ao “Armistício”, pois continuaremos a verter o sangue, mesmo depois do derradeiro combate. No meu País os tubarões da alta finança alimentam-se de colónias dos mexilhões, apesar de ser o mexilhão que se lixa, quando o mar bate na rocha. No meu País há excesso de tubarões e qualquer dia, por este andar, até o mexilhão já foi extinto. No meu País até as rochas do mexilhão serão tributadas por zelosos funcionários das finanças locais e contabilizada, vaga por vaga, toda a maré, para cálculo do IRS .
Quem manda no meu País são os filhos do nazismo, os herdeiros universais dum Adolfo famigerado. Quem manda no meu País são os tresloucados “Frankensteins” da economia que inventaram a peste bubónica, que inventaram a tuberculose e que propagaram o dengue, a sida e a doença das vacas loucas em empréstimos envenenados.
Mas, como dizia o Joaquim “Ronca” mais vale morrer caloteiro, que morrer ‘strubeculoso!
Eu não quero este País. Eu não pertenço a um País onde a palavra esperança não existe nos catrapázios, nos dicionários, nem na Enciclopédia Luso-Brasileira, coligida segundo as normas dum, execrando, acordo ortográfico qualquer!
Eu sou da Ofhiusa dos Celtas, da Gallaécia dos Iberos e da Lusitânia de Viriato. Eu sou do Portugal Afonsino, Joanino, da Restauração, dos Descobrimentos, dos Lusíadas, da Mensagem e do Amor de Perdição.
Eu sou da Pátria de Egas Moniz, de Afonso de Albuquerque e de Mouzinho da Silveira e mesmo que tenhamos que verter o sangue e expirar, nas desérticas areias dum Alcacer-Quibir Troikiano, há-de ser de espada na mão e com gritos de Portugalidade: - “É fartar, vilanagem!!!”

Luís Jales de Oliveira
in:jornal.netbila.net

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