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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
É fartar vilanagem!
No meu País paga o justo pelo pecador. No meu Pais quem roubou não paga nada. No meu País quem legislou por compadrio tem imunidade parlamentar. No meu País surripiam-se as reformas dos desgraçados com desculpas de austeridade. No meu País confisca-se o pão nosso de cada dia com orçamentos constitucionais e isentam-se as mordomias dos gestores de alta traição.
No meu País pagam-se os desfalques dos nababos com os patacos dos “Miseráveis”. No meu País ficam impunes os saqueadores e são torturados os saqueados. No meu País os políticos têm uma “Atracção fatal” pela corrupção, porque no meu País a corrupção tem as pernas escancaradas. No meu País os políticos são dependentes de leitinho e mamam, despudoradamente, nas enfezadas tetas do rebanho submisso.
No meu País os desertores são colocados em Bruxelas e na ONU e os carrascos da Inquisição são agraciados com cursos de Filosofia nas Universidades de Paris.
No meu País quem anda de costas ao alto e a coçar as “miudezas” recebe, da Segurança Social, muito mais do que aqueles que bateram com as “miudezas” na laje e se afogaram em transpiração, ao longo de quarenta anos.
No meu País os doentes morrem na bicha das urgências, os inocentes são condenados nas barras dos tribunais e os crimes dos dignatários acabam, sempre, por prescrever.
No meu País a populaça foi bombardeada. No meu País a arraia miúda foi napalmizada. No meu País são abatidos todos os que pagam os impostos atempadamente. No meu País são degolados os que tem o IRS e a segurança social em dia. No meu País os funcionários públicos são transferidos (pela lei da mobilidade) para o campo de “Treblinka”. No meu País os professores e educadores são desterrados para o “Tarrafal”. No meu País os jovens licenciados são exportados para a “Cochinchina”. No meu País, dependente da agricultura, a agricultura bateu na “Fossa do Mindanau”. No meu país, de barcos e de marinheiros, neste País de navegantes, a nossa frota enferruja e a nossa frota apodrece, nos estaleiros de Marrocos. No meu País os Neros incendiaram a cidade, enquanto tangiam arpas na Quinta do Lago e culpabilizaram os cristãos. No meu País, nem no culminar das batalhas teremos direito ao “Armistício”, pois continuaremos a verter o sangue, mesmo depois do derradeiro combate. No meu País os tubarões da alta finança alimentam-se de colónias dos mexilhões, apesar de ser o mexilhão que se lixa, quando o mar bate na rocha. No meu País há excesso de tubarões e qualquer dia, por este andar, até o mexilhão já foi extinto. No meu País até as rochas do mexilhão serão tributadas por zelosos funcionários das finanças locais e contabilizada, vaga por vaga, toda a maré, para cálculo do IRS .
Quem manda no meu País são os filhos do nazismo, os herdeiros universais dum Adolfo famigerado. Quem manda no meu País são os tresloucados “Frankensteins” da economia que inventaram a peste bubónica, que inventaram a tuberculose e que propagaram o dengue, a sida e a doença das vacas loucas em empréstimos envenenados.
Mas, como dizia o Joaquim “Ronca” mais vale morrer caloteiro, que morrer ‘strubeculoso!
Eu não quero este País. Eu não pertenço a um País onde a palavra esperança não existe nos catrapázios, nos dicionários, nem na Enciclopédia Luso-Brasileira, coligida segundo as normas dum, execrando, acordo ortográfico qualquer!
Eu sou da Ofhiusa dos Celtas, da Gallaécia dos Iberos e da Lusitânia de Viriato. Eu sou do Portugal Afonsino, Joanino, da Restauração, dos Descobrimentos, dos Lusíadas, da Mensagem e do Amor de Perdição.
Eu sou da Pátria de Egas Moniz, de Afonso de Albuquerque e de Mouzinho da Silveira e mesmo que tenhamos que verter o sangue e expirar, nas desérticas areias dum Alcacer-Quibir Troikiano, há-de ser de espada na mão e com gritos de Portugalidade: - “É fartar, vilanagem!!!”
Luís Jales de Oliveira
in:jornal.netbila.net
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