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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

D. Loba

Local: Linhares, CARRAZEDA DE ANSIÃES, BRAGANÇA


Vivia D. Lopa numa casa em Linhares. Era muito boa. Tinha uma criada de quem gostava muito, mas era o Diabo, sem a ama o saber. 
 D. Lopa achou-se doente e precisava de se confessar. Por milagre de Deus, apareceu no povo um frade, que era Santo António, mas ninguém o sabia. D. Lopa quis confessar-se a ele, mas o frade disse-lhe que só a confessava se ela mandasse embora a criada. 
 — Isso não faço eu, que é a melhor criada que tenho tido. 
 — Venha cinza ou farinha. 
 Veio a cinza, a criada passou por cima e ficou assinada na cinza a forma do pé de cabra do Diabo. O santo fez-lhe os exorcismos e ele desapareceu e arrebentou lá fora, ao pé de uma figueira. Disse: APRA! («apre») e esta palavra ficou gravada numa pedra da calçada. Na tal casa está a imagem de Santo António num nicho, em alusão à lenda.

Fonte:VASCONCELLOS, J. Leite de Contos Populares e Lendas II Coimbra, por ordem da universidade, 1966 , p.655

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