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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Capela de Nossa Senhora do Aviso / Capela de Nossa Senhora do Viso

Portugal, Bragança, Mirandela, Frechas
Arquitectura religiosa, vernácula. Capela de planta composta por nave e capela-mor mais estreita, com coberturas internas diferenciadas, de contraplacado em masseira, e iluminada por fretas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal em empena tendo lateralmente pequena sineira de uma ventana e portal axial em arco de volta perfeita sobre impostas salientes Fachadas rematadas em cornija de betão, a lateral direita rasgada por porta travessa, semelhante ao portal axial. Interior com arco triunfal de volta perfeita assente em impostas com altar contemporâneo constituído por painel azulejar.
Número IPA Antigo: PT010407160116
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal composta por nave e capela-mor Ligeiramente mais estreita, de volumes articulados e coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, com pé-direito inferior na capela-mor. 
Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento saliente, contrafortes laterais de suporte ao arco triunfal e rematadas em cornija de betão. Fachada principal voltada a O. em empena, coroada por cruz latina e truncada, no lado esquerdo, por sineira em cantaria, com as juntas pintadas de branco, de ventana simples em arco de volta perfeita, terminada em empena encimada por cruz, também latina; portal em arco de volta perfeita, com moldura em cantaria de granito, mais larga nas aduelas do arco, apresentando as juntas pintadas de branco, sobrepujado por cruz latina e pequeno painel de azulejo policromo, de 3x2, representando, conforme refere a legenda, "ANJO DA GUARDA", a encaminhar duas crianças. Fachada lateral esquerda virada a N., com duas frestas rectilíneas na nave e uma na capela-mor. 
Fachada lateral direita, virada a S., com duas frestas, uma na nave e outra na capela-mor, surgindo porta travessa em arco de volta perfeita, com moldura em cantaria de granito, com as juntas pintadas de branco. Fachada posterior em empena com fresta axial. INTERIOR rebocado e pintado de branco, percorrido por azulejo monocromo, formando silhar, e cobertura de perfil poligonal, em contraplacado pintado de azul claro, formando grandes caixotões, com tirantes metálicos; na nave, pavimento auto-nivelante de cor magenta. 
Portal principal em arco abatido e com moldura em cantaria de granito, a porta travessa de verga recta com moldura em cantaria de granito. Arco triunfal, em cantaria de granito, de volta perfeita assente em impostas salientes, com moldura de arestas biseladas. Capela-mor, elevada por um degrau, com paredes e cobertura semelhantes aos da nave e pavimento coberto por alcatifa de cor castanha. 
Altar em granito com mesa rectangular sobre pé único formado por paralelepípedo e urna, surgindo, na parede testeira, azulejo azul claro, pontuado por estrelas douradas com remate angular e, ao centro, mísula em granito com imagem do orago; atrás do altar, existe um espaço destinado à sacristia.
Acessos
A partir de Mirandela, 16 km., pela EN 213, em direcção a Vila Flor, depois 4 km. por EM, em direcção a Vale da Sancha; por caminho carreteiro em terra batida desde a aldeia até ao outeiro em que se implanta a capela. Gauss: M=283.2; P=493.1; Fl. 91
Protecção
Inexistente
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Rural, isolado, no topo de um outeiro, nas fraldas da serra do Marmeleiro e sobranceiro ao vale do rio Tua, dominando visualmente uma grande extensão do vale e as povoações de Vale da Sancha e Frechas. Implanta-se no centro de um adro, de planta rectangular, formado por uma plataforma artificial, nivelada e sustentada por muro de alvenaria e limitada por gradeamento constituído por varões horizontais, em ferro, e pilares de cimento. O acesso faz-se por escadaria, em frente à frontaria da capela, com 7 degraus. No canto NE do adro existe um pequeno edifício, de planta rectangular e cobertura plana, utilizada como "casa do despejo". Junto às escadas de acesso, ergue-se um abeto.
Descrição Complementar
Utilização Inicial
Religiosa: capela
Utilização Actual
Religiosa: capela (romaria no terceiro Domingo de Agosto)
Propriedade
Privada: Igreja Católica
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 (conjectural) / 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
Época Pré-romana - data em que foram escavadas na rocha três pias *1, sendo referida também uma ocupação do período romano (FERNANDES, 2001; pp. 24-25); séc. 16 - provável construção ; 1758 - nas Memórias Paroquiais, refere-se que: "A Nossa Senhora do Viso dizem que antigamente concorria ela muita gente de romaria de Foscôa, de Celores, vinham os romeiros dos lugares vizinhos a ela, hoje já não concorre romeiros em tempo algum..." (FERNANDES, 2001, p. 210); séc. 20, década de 60 - reconstrução da capela que se encontrava em ruínas.
Características Particulares
Capela de arquitectura incaracterística, reconstituindo a volumetria original e integrando alguns elementos arquitectónicos da capela primitiva, como os portais e o arco triunfal, com molduras de arestas biseladas e sineira rematada em empena. Interior despojado, de nave única, com altar-mor contemporâneo constituído por painel azulejar.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Paredes em alvenaria rebocada; pavimentos em autonivelante; portas e tectos em madeira; azulejos no lambril e no retábulo; cobertura em telha de aba e canudo.
Bibliografia
FERNANDES, Ilda, Frechas, tradição e modernidade, Mirandela, 2001.
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
Nada a assinalar.
Observações
*1 - segundo a tradição popular, a pia maior servia para Nossa Senhora lavar as fraldas do Menino Jesus, a outra a seguir era para São José as enxaguar e a terceira para beberem, restando a quadra popular: "A Virgem lavava / São José torcia / O Menino Jesus chorava / Do frio que fazia" (FERNANDES, 2001, p. 108)..
Autor e Data
Miguel Rodrigues 2004

in:monumentos.pt

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