Local: Seixo De Manhoses, VILA FLOR, BRAGANÇA
Conta-se que um dia de S. João, uma senhora foi buscar água à Fonte Sangrinho para fazer a ceia. E que ao encher o cântaro veio um fio de ouro preso na asa. Ficou muito espantada e puxou o fio que nunca mais acabava. Começou então a fazer um novelo, mas quando já estava a escurecer ainda dobava, dobava... e o fio nunca mais tinha fim. E cada vez estava mais pesado, que já mal podia com ele.
Ao mesmo tempo estava cansada, mas muito feliz, pois com aquele ouro ia ficar rica. Então pensou:
— Isto nunca mais acaba. Já me chegava este novelo para remediar a minha vida.
Nisto, o novelo escorregou-lhe da mão e deixou-o cair. Ouviu então uma voz que dizia:
— Maldita mulher, que me dobraste o encanto. Agora vou ficar aqui para sempre.
Foi para casa aterrada e muito triste. E contou ao marido e às vizinhas, que muitas vezes voltaram à fonte, mas nunca mais apareceu nenhum fio de ouro, nem aquela voz.
Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.255
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(Henrique Martins)
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