BRAGANÇA
Uma impressionante muralha medieval rodeia a cidadela de Bragança onde sobressai a gigantesca Torre de Menagem, vigilante medieval de olhos atentos nas fronteiras.Das 15 torres à sua volta tem especial significado a Torre da Princesa. Dizem que ali chorou D. Sancha, irmã de Afonso Henriques, as infidelidades do marido, o poderoso Fernão Mendes, e esteve encarcerada D. Leonor, mulher do quarto Duque de Bragança, acusada de adultério e que o enfurecido marido haveria de apunhalar no seu paço de Vila Viçosa.
A entrada na cidadela faz-se pela Porta da Vila onde nos acolhe a figura de D. Fernando, segundo Duque de Bragança.
Subindo a rua até à praça de armas vai-se impondo a impressionante grandeza da Torre de Menagem. Lá dentro, o museu Militar conta a história centenária do castelo e o último piso é um admirável miradouro sobre a cidade e a vastidão dos horizontes de montanhas cor de bronze da bela paisagem de Trás-os-Montes.Ainda no recinto, um curioso pelourinho assente num berrão (porco) de pedra lembra os povos celtas que habitaram a região e a singular Domus Municipalis, onde nos tempos medievais se reunia o Senado municipal, é um belo e raro exemplo de arquitectura civil românica.
Fora das muralhas Bragança é uma cidade animada por gente acolhedora e ruas onde se perfilam palácios da nobreza.
UM PASSEIO PELA CIDADE
Um passeio pelo centro histórico conduz inevitavelmente à tranquila cidadela medieval do Ducado de Bragança. A localidade nasceu no séc. XII, quando se estabeleceu aqui Fernão Mendes, da família dos Braganções, cunhado do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1139-85). Em 1187, D. Sancho reconheceu a importância da vila no desenvolvimento da região concedendo-lhe a autonomia jurídica simbolizada pelo foral. O núcleo urbano medieval mantém-se na cidadela dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho assente num curioso berrão lusitano, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, exemplar único da arquitectura civil.
Em 1442, a união do filho bastardo de D. João I, D. Afonso, com a filha do Condestável Nuno Álvares Pereira, D. Beatriz de Alvim, dá origem ao Ducado de Bragança. A importância dos seus títulares comprova-se pelo facto de serem também duques de Barcelos e de Guimarães, marqueses de Valença e de Vila Viçosa, condes de Ourém, Arraiolos, Neiva, Faro, Faria e Penafiel, e senhores de Monforte, Alegrete e Vila do Conde, entre outros lugares. Em 1640, o 8º Duque de Bragança, D. João IV, foi aclamado rei iniciando a última dinastia portuguesa, terminada em 1910 para dar lugar à República.
Fora das muralhas, a cidade expandiu-se para Oeste, o que é visível num pequeno percurso até ao seu centro administrativo e comercial onde casas nobres e monumentos contam a evolução de Bragança. Depois de D. Manuel ter dado Foral Novo em 1514, o desenvolvimento da cidade deveu-se à presença dos bispos que aqui residiam durante metade do ano, gerindo um episcopado dividido entre Miranda do Douro e Bragança, e aqui estabelecido definitivamente a partir de 1764.
A acção real e episcopal memorizou esses tempos na Igreja de São Vicente, no Museu do Abade Baçal, na Capela da Misericórdia, na Igreja de Santa Clara e por fim na Sé Catedral.
A história da cidade não fica completa sem a visita da secular Igreja de Castro de Avelãs, nas proximidades, ou com um passeio ao Parque Natural de Montesinho, onde ainda se encontram pequenas aldeias de regime comunitário que fazem parte do património regional.
CASTELO DE BRAGANÇA
O Castelo de Bragança, um dos mais representativos da arquitectura medieval, foi construído em 1409 por ordem de D. João I, sobre as fundações do tempo do primeiro rei de portugal, D. Afonso Henriques.
Composto por uma imponente Torre de Menagem e por uma muralha dupla, o conjunto está muito bem conservado e a praça de armas, conhecida por cidadela ou vila, onde fica a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis, mantém o velho casario medieval de ruas estreitas e pequenas casas caiadas de branco.
Na Torre de Menagem, com 33 m de altura, merecem referência alguns elementos artísticos góticos, nomeadamente as ameias, as janelas e a pedra de armas da Casa Real de Avis, fundada por D. João I.
No interior, está instalado o Museu Militar. Vale a pena subir até ao último piso, pela vista sobre a cidade e a paisagem envolvente.
Quinze torres e três portas formam as muralhas, onde se destacam a Torre da Princesa, antiga dependência da Casa dos Alcaides que guarda a lenda de uma princesa feita prisioneira, e a Porta da Vila que acolhe o visitante ao castelo.
PELOURINHO DE BRAGANÇA
O Pelourinho de Bragança é um dos mais antigos do país, seguindo uma tipologia própria da região nordestina. Símbolo de autonomia e poder senhorial, é composto por uma base proto-histórica (500 anos a.C), em forma de berrão, onde assenta uma coluna datada de séc. XII ou XIII, decorada no topo.
O berrão lusitano, conhecido por "Porca da Vila", integrava um culto dos povos primitivos de Trás-os-Montes, caracterizados por uma economia agro-pastoril. A distribuição deste tipo de escultura em território português, e com alguns testemunhos na região de Salamanca, permite atribuí-los a uma tribo pré-céltica pertencente ao povo dos "Vetões. Têm um carácter mítico e protector e eram normalmente colocados à entrada ou no centro das povoações.
A decoração do topo da coluna é singular, pois apresenta quatro braços de pedra em forma de cruz, habitualmente feitos de ferro com argolas, onde se amarravam em praça pública os condenados. No alto, a terminar o pelourinho, uma figura humana segura um brasão com o escudo da cidade.
No local do Pelourinho, originalmente erguido em frente da Domus Municipalis, existia a antiga Igreja de Sant´Iago.
DOMUS MUNICIPALIS
A Domus Municipalis é um exemplo único no país da arquitectura civil românica e o ex-libris de Bragança. Com a forma de um pentágono irregular, é composto por uma cisterna abobadada sobreposta por uma galeria ampla com janelas em redor, que se identificou como o local de reunião dos homens-bons do concelho. Muito se tem discutido sobre a datação, sem haver certezas, mas considera-se que o séc. XIII é a data provável de construção da parte superior, podendo a cisterna ser anterior.
É singular também pelo material utilizado, a pedra, que foi uma das razões da sua conservação até aos nossos dias. Este tipo de estrutura civil era habitualmente feito de madeira pois nem o poder municipal nem o Estado tinham meios para financiar obras civis deste género.
Em termos decorativos, de salientar a escultura notável dos frisos utilizando o imaginário românico. O interior, amplo, é corrido por uma bancada ao longo das paredes e na face de maior extensão abrem-se duas portas. As janelas têm moldura lisa, excepto sete, que são decoradas com uma arquivolta ornatos em forma de estrela. A cobertura, um telhado de cinco águas, foi colocada no séc. XX durante uma grande campanha de restauro.
MUSEU DO ABADE DE BAÇAL
O Museu do Abade de Baçal está instalado desde 1915 no edifício do antigo Paço Espicopal. Construído no séc. XVIII, era a residência oficial dos bispos durante metade do ano, uma vez que a diocese era partilhada entre Miranda do Douro e Bragança. O nome faz justa homenagem ao Padre Francisco Manuel Alves (1865-1948), Abade de Baçal, homem erudito com gosto pela investigação histórica e artística da região, que muito contribuiu para a concepção e construção deste museu.
A história da região do Nordeste Trasmontano e a memória do antigo Paço Episcopal dão o mote à exposição que se distribui ao longo de nove salas. A este espólio juntaram-se as colecções doadas pelo coronel Barbosa Rodrigues e por Sá Vargas (numismática e ourivesaria dos séculos XVIII e XIX) e o legado dos escritores Guerra Junqueiro e Trindade Coelho. Das peças expostas, destacam-se a "Virgem com o Menino" do séc. XV, a Arca dos Santos Óleos do séc. XVIII, o tríptico do "Martírio de Santo Inácio" (ca. 1560) e a tela da "Anunciação" do séc. XVIII.
MUSEU MILITAR DE BRAGANÇA
O Museu Militar de Bragança foi fundado em 1932, por iniciativa do coronel António José Teixeira, comandante do Regimento de Infantaria nº 10 aquartelado na cidadela desde meados do séc. XIX.
O espólio é constituído pela colecção particular de António José Teixeira e por peças doadas pelos militares que tinham participado em campanhas de unidades militares sediadas em Bragança, nomeadamente as de África e de França durante a 1ª Guerra Mundial.
O conjunto ilustra a evolução do armamento ligeiro entre os séculos XVI e XX, ocupando os três pisos da Torre de Menagem de Bragança.
IGREJA DE CASTRO AVELÃS
A cerca de 3 km de Bragança, fica a localidade de Castro de Avelãs onde encontramos o que resta do seu mosteiro beneditino. Foi uma instituição abastada que desempenhou uma papel fundamental no povoamento da região e na assistência a peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, desde o séc. XII até finais do séc. XVI. Em 1543, foi extinto por Bula Papal de Paulo III que determinou a sua anexação à diocese de Miranda do Douro com a respectiva transferência de frades e bens. A mudança iniciou o seu abandono.
O conjunto é extremamente original pois conservou da origem românica apenas a cabeceira, revelando a ambição monumental do projecto e o processo de construção medieval em que era a primeira parte a ser erigida, depois de se ter medido todo o perímetro. Era assim possível praticar o culto antes do final das obras.
PARQUE NACIONAL DE MONTESINHO
O forno e a forja comuns, o moinho e o lagar comunitário, os terrenos de pasto de todos e para todos defenderam durante séculos as aldeias serranas do isolamento dos grandes centros e da rudeza do clima. Fundidas na paisagem, não deixe que passem despercebidas ao seu olhar. Nelas será recebido não como um estranho, mas como um amigo.
Saindo de Bragança, siga atá à antiga aldeia de Gimonde, onde convergem os rios Sabor, Onor e Ribeira do Frio, cruzados por 3 pontes, sendo uma delas talvez de raiz romana. Nas aldeias de Babe, Palácios e Caravela visite em cada uma o Museu Rural, sediado em casas comunitárias. O ciclo do linho, a oficina do ferreiro, a cozinha tradicional são alguns dos temas que poderá aprofundar.
A estrada termina na aldeia de Guadramil, donde parte um caminho que conduz à povoação raiana de Rio de Onor. Se preferir uma estrada mais confortável, regresse Gimonde vá na direcção de Baçal, Varges e finalmente Rio de Onor. Alvo de muitos e variados estudos etnográficos, esta aldeia está dividida ao meio pela linha de fronteira Portugal-Espanha, mas o relacionamento e parentescos entre os habitantes de ambos os lados faz apagar este traço divisório. Conserva em funcionamento os mais variados equipamentos utilizados em comum por toda a população desde o forno do pão, a forja, dois moínhos de água, o lavadouro, as pastagens e mesmo o touro da aldeia que cobre todas as vacas. A gestão da comunidade é feita nas reuniões do «Concelho», ficando as decisões incisas numa vara de madeira, representando o poder do juiz eleito.
Outra entrada pela zona de Bragança conduz à aldeia de Montesinho, num percurso junto das bonitas margens do Rio Sabor e que passa pelas aldeias de Rabal e França. Nesta última poderá encontrar um moinho, ainda em funcionamento, recuperado pela população, com o apoio do Parque. A pouca distância, na localidade de Prado Novo, poderá usufruir de um dos lugares de repouso mais aliciantes do Parque, junto de um viveiro das trutas. O acesso faz-se por uma estrada florestal.
Em Montesinho, uma genuína aldeia localizada a 1025 metros de altitude, sente-se a alma do Parque. As casas recuperadas com materiais e técnicas tradicionais são um exemplo de como o seu uso ainda é a melhor forma de defesa contra a rudeza do clima.
Na sua visita não perca a oportunidade de visitar o núcleo interpretativo de Montesinho, sediado num edifício que foi em tempos a forja comunitária.
A cabeceira é composta por três capelas redondas, de grande qualidade arquitectónica, marcada pelo trabalho em tijolo e pela decoração de arcadas cegas, exemplo único no nosso país.
No séc. XVIII, um corpo rectangular prolongou a ábside, a sacristia foi anexada ao absidíolo esquerdo e o direito ficou aberto ao exterior. Das dependências monacais subsiste ainda uma torre quadrangular.
BRAGANÇA (espanhõl)
Una impresionante muralla medieval rodea la ciudadela de Braganza en la que sobresale la gigantesca Torre de Homenaje, vigilante medieval con ojos atentos en las fronteras.
De las 15 torres que la contornan, tiene un significado especial la Torre de la Princesa. Dicen que allí lloró D. Sancha, hermana de Afonso Henriques, las infidelidades del marido, el poderoso Fernando Mendes, y en la que estuvo encarcelada D. Leonor, mujer del cuarto Duque de Braganza, acusada de adulterio, a quién el enfurecido marido apuñalaría en su palacio de Vila Viçosa.
La entrada a la ciudadela se hace por la Puerta de la Villa, donde nos acoge la figura de D. Fernando, segundo Duque de Braganza.
Subiendo la calle hasta la plaza de armas, se impone la impresionante grandeza de la Torre de Homenaje. Dentro, el museo Militar nos cuenta la historia centenaria del castillo.El último piso es un admirable mirador sobre la ciudad y la grandeza de los horizontes de montañas de color bronce como el bello paisaje de Tras-os-Montes.
Todavía en el recinto, una interesante picota, asentada sobre un cerdo chillón de piedra, recuerda los pueblos celtas que habitaron la región, así como la singular Domus Municipalis, donde en tiempos medievales se reunía el Senado municipal, bello y raro ejemplo de arquitectura civil románica.
Fuera de las murallas Braganza es una ciudad animada por gente acogedora y calles en las que se perfilan palacios de la nobleza.
UN PASEO POR LA CIUDAD
Un paseo por el centro histórico conduce inevitablemente a la tranquila ciudadela medieval donde nació el Ducado de Bragança.
Bragança, como población, nació en el s. XII, cuando se estableció aquí Fernão Mendes, de la familia de los Braganções, cuñado del primer rey de Portugal, D. Afonso Henriques (1139-85).
En 1187, D. Sancho reconoció la importancia de la aldea en el desarrollo de la región, concediéndole la autonomía jurídica simbolizada por su fuero. El núcleo urbano medieval se mantiene en la ciudadela dignamente representada por la imponente Torre del Homenaje del castillo, por el Pelourinho que reposa en un curioso berrão lusitano (escultura zoomórfica), por la Iglesia de Santa Maria y por la Domus Municipalis, único ejemplo de la arquitectura civil.
En 1442, la unión del hijo bastardo del rey D. João I, llamado D. Afonso, con la hija del Condestable Nuno Álvares Pereira, D.ª Beatriz de Alvim, da origen al Ducado de Bragança. La importancia de sus titulares se constata por el hecho de que también eran duques de Barcelos y de Guimarães, marqueses de Valença y de Vila Viçosa, condes de Ourém, Arraiolos, Neiva, Faro, Faria y Penafiel, y señores de Monforte, Alegrete y Vila do Conde, entre otras localidades. En 1640, el 8º Duque de Bragança, D. João IV, fue proclamado rey iniciando la última dinastía portuguesa, terminada en 1910 para dar lugar a la República.
Fuera de las murallas, la ciudad creció hacia el oeste, hecho que se constata con un pequeño recorrido hasta a su centro administrativo y comercial, donde las casas nobles y los monumentos reflejan la evolución de Bragança. Después de que D. Manuel hubiese concedido el Fuero Nuevo en 1514, el desarrollo de la ciudad se debió a la presencia de los obispos que aquí residían durante mitad del año, gestionando un episcopado dividido entre Miranda del Duero y Bragança, y establecido definitivamente en esta última ciudad a partir de 1764.
La acción real y episcopal memorizó esos tiempos en la Iglesia de São Vicente, en el Museo del Abade Baçal, en la Capilla de la Misericórdia, en la Iglesia de Santa Clara y, por último, en la Sé Catedral.
El recorrido por la historia de la ciudad no estará completo sin la visita a la secular Iglesia de Castro de Avelãs, en las proximidades, o realizando una excursión al Parque Natural de Montesinho, en el que aun se encuentran pequeñas aldeas de régimen comunitario que forman parte del patrimonio regional.
CASTILLO DE BRAGANÇA
El Castillo de Bragança, uno de los más representativos de la arquitectura medieval, fue construido en 1409 por orden de D. João I, sobre unos cimientos de la época del primer rey de Portugal, D. Afonso Henriques.
Compuesto por una imponente Torre Principal y por una muralla doble, el conjunto está muy bien conservado y la plaza de armas, conocida como ciudadela o villa, en la que se sitúan la Iglesia de Santa Maria y la Domus Municipalis, mantiene el antiguo conjunto de casas medievales de calles estrechas y pequeñas viviendas encaladas de blanco.
En la Torre Principal, con 17 m de anchura y 33 m de altura, merecen una referencia algunos elementos artísticos góticos, principalmente las almenas, las ventanas con barandillas y la piedra de armas de la Casa Real de Avis, fundada por D. João I.
Su interior acoge el Museo Militar. Merece la pena subir hasta el último piso, por la vista sobre la ciudad y el paisaje del entorno.
Quince torres y tres puertas forman las murallas, en las que se destaca la Torre da Princesa, antigua dependencia de la Casa dos Alcaides, que esconde la leyenda de una princesa hecha prisionera, y la puerta de la Vila que acoge a quienes visitan el castillo.
PELOURINHO DE BRAGANÇA
El Pelourinho de Bragança es uno de los más antiguos del país, siguiendo una tipología propia de la región del norte. Símbolo de autonomía y poder señorial, está compuesto por una base protohistórica (500 años a.C.), en forma de berrão (escultura zoomórfica), en la que reposa una columna datada de s. XII o XIII, decorada en su parte superior.
El berrão lusitano, conocido por "Porca da Vila", formaba parte de un culto de los pueblos primitivos de Trás-os-Montes, caracterizados por una economía agropastoril. La distribución de este tipo de escultura en el territorio portugués, existiendo también algunos ejemplares en la provincia de Salamanca, permite atribuirlos a una tribu precéltica perteneciente al pueblo de los Vetones. Tienen un carácter mítico y protector y normalmente eran situados a la entrada o en el centro de las poblaciones.
La decoración del la parte superior de la columna es singular, pues presenta cuatro brazos de piedra en forma de cruz, habitualmente realizados en hierro con argollas, en las que se amarraban en plaza pública a los condenados. En lo alto, en el extremo del pelourinho, una figura humana sujeta un blasón con el escudo de la ciudad.
En el lugar del Pelourinho, originalmente erguido frente a la Domus Municipalis, existía la antigua Iglesia de Sant´Iago.
MUSEO MILITAR DE BRAGANÇA
El Museo Militar de Bragança fue fundado en 1932, por iniciativa del coronel Antonio José Teixera, comandante del Regimiento de Infantería nº 10 acuartelado en la ciudadela desde mediados del s. XIX.
Su patrimonio está formado por la colección particular de Antonio José Teixera y por piezas donadas por los militares que habían participado en campañas de unidades militares instaladas en Bragança, principalmente las de África y de Francia durante la 1ª Guerra Mundial.
El conjunto ilustra la evolución del armamento ligero entre los siglos XVI y XX, ocupando los tres pisos de la Torre Principal de Bragança.
MUSEO DEL ABADE DE BAÇAL
El Museo del Abade de Baçal está instalado desde 1915 en el edificio del antiguo Paço Espicopal. Construido en el s. XVIII, era la residencia oficial de los obispos durante mitad del año, dado que la diócesis se dividía entre Miranda do Douro y Bragança. Recibe este nombre en homenaje al sacerdote Francisco Manuel Alves (1865-1948), Abad de Baçal, hombre erudito, interesado en la investigación histórica y artística de la región, que contribuyó enormemente a la concepción y construcción de este museo.
La historia de la región del Nordeste Trasmontano y la memoria del antiguo Paço Episcopal son el argumento de la exposición que se distribuye a lo largo de nueve salas. A este patrimonio se han unido las colecciones donadas por el coronel Barbosa Rodrigues y por Sá Vargas (numismática y orfebrería de los siglos XVIII y XIX) y el legado de los escritores Guerra Junqueiro y Trindad Coelho. De las piezas expuestas, se destacan la Virgen con el niño del s. XV, el Arca de los Santos Óleos del s. XVIII, el tríptico del "Martírio de Santo Inácio" (aprox. 1560) y el lienzo de la "Anunciación" del s. XVIII.
PARQUE NACIONAL DE MONTESINHO
El horno y la fragua comunes, el molino y el lagar comunitario, los terrenos de pasto de todos y para todos protegieron durante siglos a las aldeas serranas del aislamiento de los grandes centros y de la hostilidad del clima. Fundidas en el paisaje, no deje que pasen desapercibidas. En ellas no será recibido como un extraño, sino como un amigo.
Saliendo de Bragança, siga hasta la antigua aldea de Gimonde, donde convergen los ríos Sabor, Onor y Ribeira do Frio, cruzados por 3 puentes, siendo uno de ellos, tal vez, de origen romano. En las aldeas de Babe, Palácios y Caravela visite, en todas, el Museo Rural, instalado en casas comunitarias. El ciclo del lino, el taller del herrero, la cocina tradicional son algunos de los temas que podrá conocer mejor.
La carretera termina en la aldea de Guadramil, de donde parte un camino que conduce a la población rayana de Rio de Onor. Si prefiere una carretera mejor, regrese a Gimonde, vaya en dirección a Baçal, Varges y, finalmente, a Rio de Onor. Objetivo de muchos y diversos estudios etnográficos, esta aldea se encuentra dividida por la mitad por la línea fronteriza Portugal-España, pero la relación y parentescos entre los habitantes de ambos lados diluyen este trazo divisorio. Conserva en funcionamiento los más variados equipamientos utilizados en común por toda la población desde el horno del pan, la fragua, dos molinos de agua, el lavadero, los pastos e, incluso, el toro de la aldea que cubre a todas las vacas. La gestión de la comunidad se realiza en las reuniones del «Municipio», grabándose las decisiones en una vara de madera, representando el poder del juez electo.
Otra entrada por la zona de Bragança conduce a la aldea de Montesinho, en un recorrido junto a las bonitas orillas del río Sabor, y pasa por las aldeas de Rabal y França. En esta última podrá encontrar un molino, aún en funcionamiento, recuperado por la población, con el apoyo del Parque. A poca distancia, en la localidad de Prado Novo, podrá disfrutar de uno de los lugares de reposo más estimulantes del Parque, junto a un vivero de truchas. Se accede por una carretera forestal.
En Montesinho, una genuina aldea situada a 1025 metros de altitud, se siente el alma del Parque. Las casas recuperadas con materiales y técnicas tradicionales son un ejemplo de como su uso aún es la mejor forma de defensa contra la rudeza del clima.
En su visita no se pierda la oportunidad de visitar el núcleo interpretativo de Montesinho, instalado en un edificio que en tiempos pasados fue la fragua comunitaria.
THE CITY OF BRAGANÇA (english)
Visit the medieval city of Bragança, surrounded by impressive battlements. Of the 15 towers in the battlements of Bragança, the Torre da Princesa has special meaning. History states that Sancha, sister to king Afonso Henriques, cried there at the infidelities of her husband, the powerful Fernão Mendes. Another story tells that Leonor, wife of the fourth Duke of Bragança, was imprisoned there after accusations of adultery. Her enraged husband would later have her stabbed to death in his palace in Vila Viçosa.
A statue of Fernando, second Duke of Bragança, is waiting to welcome you at the city gates of Porta da Vila.
Head up the road to the castle square in the shadow of the imposing grandeur of the Keep.The Military Museum inside details centuries of castle history, while the top floor provides great views out over the city and the mountain landscapes of Trás-os-Montes.
Within the square, a pillory rests on a statue of stone pig, a testament to the Celtic influence on this region. There is also the unique Domus Municipalis, where the Municipal Senate would meet in medieval times. It is a rare and beautiful example of civil Romanesque architecture.
Beyond these walls, Bragança is a lively, bustling and welcoming city dotted with other palaces and noble residences.
A WALK AROUND THE CITY
A wander around the historical centre inevitably leads to the calm of the medieval citadel, the home to the Dukedom of Bragança.
As a recognised settlement, dates back to the 12th century. Fernão Mendes, a member of the Braganções family, and brother-in-law of the first king of Portugal, Afonso Henriques (1139-85) first established his residence here. Then, in 1187, king Sancho recognised the contribution of the town to regional development and granted it both legal autonomy and a charter. The medieval centre remains to this day and is characterised by the imposing Castle Keep, the Pelourinho (Pillory) resting on an unusual Lusitanian berrão (pre-historic granite pig), the Church of Santa Maria (Saint Mary) and the Domus Municipalis, a unique piece of architecture.
In 1442, the marriage of Afonso, the bastard son of king João I, to Beatriz de Alvim, the daughter of High Constable Nuno Álvares Pereira, resulted in the founding of the Dukedom of Bragança. The importance of this House is made perfectly clear by the fact they were simultaneously also the Dukes of Barcelos and Guimarães, the Marquises of Valença and Vila Viçosa, Counts of Ourém, Arraiolos, Neiva, Faro, Faria and Penafiel, and Lords of Monforte, Alegrete and Vila do Conde, among others. In 1640, the 8th Duke of Bragança, became king João IV, establishing the final Portuguese dynasty that would survive through to the founding of the Republic in 1910.
Beyond the walls, the city expanded to the west as can be seen by any short walk through its administrative and retail centre where noble residences and monuments still depict the history of Bragança´s royal past. After king Manuel granted the New Charter in 1514, the city´s development was largely due to the bishops who would reside here for half of the year. The Bishopdom was divided with Miranda do Douro before Bragança unified the bishop´s seat in 1764.
The royal and Episcopal influences characterising those times are reflected in the Church of São Vicente (St. Vincent), the Museum of Abade Baçal, the Chapel of Misericórdia, the Church of Santa Clara (Saint Claire) and finally in the Cathedral.
No visit to the city is complete without paying a visit to the nearby Church of Castro de Avelãs, or a wander through the Montesinho Natural Park, where there are still commune style villages that form part of the region´s heritage.
THE CASTLE
Bragança Castle, one of the most characteristic examples of medieval architecture, was built in 1409 on the orders of king João I on foundations dating back to the times of the first king of Portugal, Afonso Henriques.
Formed by an imposing keep and a double wall, it has stood up well to the tests of time. The central parade ground, known as the citadel or old town and where the church of Santa Maria and the Domus Municipalis are to be found, retain its medieval lines with narrow streets and small whitewashed houses.
Inside the 17-metre wide and 33-metre tall Keep, there are some notable gothic features including the battlements, the railed windows and the stone carved arms of the Casa Real de Avis (Royal House of Avis), founded by king João I.
Also inside, there is the Military Museum. Heading up to the top floor is well worth it if only for the wonderful views out over the city and surrounding countryside.
Fifteen towers and three gateways complete the walls. The Torre da Princesa (Tower of the Princess), a former belonging of the Casa dos Alcaides stores the legend of a princess taken prisoner. There is also the Porta da Vila (Town Gateway) that welcomes in visitors to the castle.
THE PILLORY
The Pelourinho (Pillory) of Bragança is one of the oldest in the country and matches a type peculiar to the Northeast. A symbol of autonomy and the power of the nobility, the granite pig base dates back to pre-history (500 BC) on which rests a 12th or 13th century column with its upper section carved.
The Lusitanian berrão, known as the "Pig of the Town", was a religious shrine to the primitive agricultural-pastoral peoples of Trás-os-Montes. The incidence of this type of sculpture across Portugal, and some examples from over the border in Salamanca, has enabled them to be attributed to a pre-Celtic people belonging to the Vetons. The pig took on a mythical, protective dimension and was normally located at the entranceway to settlements.
The ornamentation at the top of the column is unique with its four stone arms forming a cross that was usually made out of iron and attached by rings. They would serve as the gallows for public executions. At the top, completing the pillory, there is a human figure holding a shield with the city´s coat-of-arms.
On the site of the Pillory, originally placed in front of the Domus Municipalis, there was the former Church of Sant´Iago.
BRAGANÇA MILITARY MUSEUM
The Bragança Military Museum was founded in 1932 by colonel António José Teixeira, commander of the 10th Infantry Regiment that had been barracked in the citadel since the mid 19th century.
The exhibits come from the private collection of António José Teixeira and pieces donated by soldiers who had served in Bragança based military units, particularly in Africa and in France during World War One.
The museum can be found on three floors of the Bragança Keep.
THE ABBOT OF BAÇAL MUSEUM
The Abade de (Abbot of) Baçal Museum took over the former Episcopal Palace in 1915. Built in the 18th century, this was the official bishops residence for half of year as the diocese was split between Miranda do Douro and Bragança. The name pays due homage to father Francisco Manuel Alves (1865-1948), Abbot of Baçal. He was a learned man with a deep interest in both the history of the region and its art and did much to ensure this museum was set up.
The history of the Northeast Trasmontano region and the Episcopal Palace form the themes of this exhibition spread throughout nine rooms. In addition to the original collection, donations were made by colonel Barbosa Rodrigues and Sá Vargas (coins and gold jewellery from the 18th and 19th centuries.) and legacies were left by writers Guerra Junqueiro and Trindade Coelho. Of particular value are the 15th century painting "Virgin with a Boy", the 18th century cabinet for storing the holy oils, the three panels depicting the "Martyrdom of Saint Ignatius" (around 1560) and the 18th century canvas "Annunciation".
MONTESINHO NATURAL PARK
The mountain villages were protected over centuries from their isolation from the main centres of population and the harsh climate, due to communal forges and ovens, community watermills and wine and olive presses, and communal pasture land. Encrusted in the mountain slopes, the villages cast their gaze over the surroundings, where visitors are greeted as friends.
Leaving Bragança, and journeying to the ancient village of Gimonde, where the Rivers Sabor, Onor and Ribeira do Frio converge, we cross three bridges, one of which has a Roman origin. In the villages of Babe, Palácios and Caravela each has a fascinating Rural Museum, located in community houses – dedicated to topics such as the linen cycle, the blacksmith’s forge and traditional cuisine.
The road ends in the village of Guadramil, where a rough road leads to the border settlement of Rio de Onor. For those who prefer more comfortable trajectories, return to Gimonde and then travel towards Baçal, Varges and finally to Rio de Onor. This village is divided by the Portuguese-Spanish border, and therefore has been subject to a wide variety of ethnographic studies. The family ties between the inhabitants on both sides of the frontier, have effectively eliminated the dividing line between the two halves of the village. The village maintains a wide variety of instruments used communally by the local population – including the bread oven, the forge, two water mills, the wash-house, pasture land, and even the village bull that mates with all the cows. The community is managed in «Council» meetings, and decisions are inscribed in a wooden rod, representing the power of the elected judge.
Another entrance into the zone of Bragança leads us to the village of Montesinho, in a trip alongside the beautiful banks of the River Sabor, passing through the villages of Rabal and França. In the latter, we discover a watermill that is still in operation, restored by the local population with support from the Park. Nearby, in Prado Novo, we may visit one of the most attractive spots in the Park, next to a trout nursery. Access to the site is achieved via a forest road.
In Montesinho, a typical and authentic village located 1025 metres above sea-level, we sense the soul of the Park. The houses have been restored with traditional materials and techniques and show how they offer the best protection against the harsh climate.
In your visit, don’t miss the opportunity to enter the Montesinho interpretational centre, in a building that was once a community forge.
Fontes: www.visitportugal.pt - Turismo de Portugal EP. + CM Bragança www.cm-braganca.pt
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