Com este investimento, o grupo pretende criar mais cerca de 500 postos de trabalho ao longo dos próximos três anos, a somar aos 720 que actualmente tem.
O acordo foi assinado na presença do vice-Primeiro Ministro, Paulo Portas, num “dia de esperança”. “O que está em causa hoje é o que mais precisamos”, sublinhou o governante, um dos responsáveis pelas negociações que permitiram à unidade de Bragança ‘ganhar’ a corrida com outra unidade do mesmo grupo na República Checa.
Actualmente, a unidade fabril instalada no Nordeste Transmontano, uma das seis da Faurecia em Portugal, tem uma facturação de 315 milhões de euros mas, dentro de três anos, espera mais do que duplicar esse valor. A extensão da unidade industrial de tecnologias de controlo de emissões deverá permitir atingir, em 2018, os 375 milhões de euros (690 milhões de euros no total).
“Com este investimento, a Faurecia confirma a sua confiança na economia portuguesa, como um mercado de investimento, mas também de produção”, sublinhou Christophe Schmitt, vice-presidente executivo da Faurecia Emissions Control Technologies..
Esta é uma lufada de ar fresco para a região de Bragança, já que “nove em cada dez produtos vendidos no concelho são provenientes da Faurecia”, frisou o presidente da Câmara, Hernâni Dias. A autarquia comprometeu-se a criar uma linha de transportes urbanos dedicada à empresa, situada já no limite da cidade, bem como na construção de acessos externos à nova unidade, que ocupará dez mil metros quadrados.
A Faurecia é um dos maiores fornecedores mundiais de equipamentos automóveis, com quatro áreas de negócio: assentos, instrumentos, cockpits, catalisadores (escapes) e capas de assentos. Entre os principais clientes estão a Mercedes, Jaguar, Land Rover, Citroën ou Seat. Dos seis concorrentes ao prémio Carro do Ano 2015, três integram peças produzidas pela Faurecia Portugal.
Em 2014, o volume de vendas do grupo cresceu quase 23 por cento, totalizando uma facturação de 650 milhões de euros.
Jornal Público
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