Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Lúpulo resiste em Bragança

Está a decorrer até amanhã, no Instituto Politécnico de Bragança, a terceira edição das Jornadas de Lúpulo e Cerveja - Novas oportunidades de negócio.
O objectivo do evento, organizado em conjunto com a Associação Bralúpulo, é debater as potencialidades da planta, nomeadamente as estratégias para redução de custos de produção, a transformação e a possibilidade de captar fundos comunitários para investimentos nesta produção. 
O lúpulo foi mesmo a cultura mais rentável do distrito, entre as décadas de 60 e 80. No concelho de Bragança, chegou a haver cerca de 30 campos de lúpulo, num total de mais de cem hectares. No auge da produção, os produtores de lúpulo do distrito vendiam o produto à empresa Lupulex, que foi extinta em 1990. Nessa altura foi constituída a Bralúpulo, Produtores de Bragança e Braga e o lúpulo passou a ser vendida à Centralcer e actualmente é também vendido à Unicer. Além dos postos de trabalho que criava na altura da colheita, o lúpulo movimentava ainda o comércio, nomeadamente de adubos, pesticidas, alfaias e máquinas agrícolas. 
Na década de 80, Bragança tinha uma cooperativa que recebia dezenas de produtores de lúpulo que partilhavam as máquinas de ripagem e secagem. A partir de finais da década de 80, houve uma reconversão da cultura, apostando-se na plantação da variedade Nugget, uma vez que a variedade produzida até então, deixou de ter valor comercial. 
Para a reconversão da cultura, os produtores tiveram o apoio de fundos comunitários, algo que consideram que é necessário garantir actualmente para a sobrevivência da cultura do lúpulo. Agora há apenas duas explorações no distrito. Uma actividade que é mantida por gosto e não propriamente pelos rendimentos obtidos. Cada plantação tem 6 hectares e é explorada por 3 produtores, o que totaliza 6 produtores e 12 hectares de produção no distrito de Bragança e a nível nacional. 
António Rodrigues, em Pinela, no concelho de Bragança continua a dedicar-se à produção de lúpulo, apesar de considerar que actualmente a cultura não é rentável. “A cultura do lúpulo, presentemente, não é rentável. Os custos de produção são elevados. O valor pago ao produtor muitas vezes é inferior aos 4 euros. Neste momento, está estabilizado mas como os produtores não tinham capacidade para apostar na maquinização foram abandonando a cultura porque os custos de produção eram superiores aos rendimentos”, refere o produtor. Um dos entraves à rentabilidade da produção é a extracção da flor do lúpulo que é feita na Alemanha, o que encarece a produção. 
Para justificar a instalação de uma fábrica de extracção seria necessária uma produção de 500 hectares. Investir nesta cultura pode não ser para todas as bolsas. Segundo os produtores, para produção de 6 hectares, o ideal para atingir uma produção rentável, é necessário um investimento de cerca de 500 mil euros, entre plantas e sistemas de irrigação e mecanização. 
Uma das soluções poderá ser a constituição de cooperativas e dividir parcelas, de forma a exigir menos investimento. 

Escrito por Brigantia

Sem comentários:

Enviar um comentário