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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Luta contra a praga da vespa do castanheiro

O combate à vespa das galhas do castanheiro está ser feito em cerca de 30 municípios através da largada de parasitas que podem eliminar a praga que afeta a produção de castanha, segundo a associação do setor.
A luta biológica está a ser concretizada pela Associação Nacional da Castanha -- RefCast, com sede em Vila Real, direções regionais de agricultura do Norte e Centro e municípios onde estão a ser feitas as largadas.

José Gomes Laranjo, presidente da Refcast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse hoje à agência Lusa que este processo começou na última semana de abril e vai-se prolongar até meados de maio, porque as largadas têm de ser feitas quando as galhas dos castanheiros já estão formadas.

A luta biológica consiste na largada dos parasitóides 'Torymus sinensis', insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa.

Ao todo, segundo o responsável, vão ser feitas cerca de 100 largadas nesta primavera, cada uma das quais inclui 120 fêmeas e 70 machos e custa 280 euros.

Este processo estende-se do Minho, Douro e Trás-os-Montes, às Beiras e até à Madeira. Entre segunda-feira e hoje foram feitas 26 largadas.

José Gomes Laranjo referiu que a luta biológica tem sido a única que se tem revelado eficaz no combate a esta praga, referindo que foi também o método adotado em Itália e em Espanha.

Após a implementação destas medidas serão necessários três a quatro anos para que seja atingido um novo equilíbrio entre praga e parasita. "À medida que o parasita vai crescendo a praga vai diminuindo o seu nível de ataque", salientou José Gomes Laranjo.

O responsável referiu que a luta biológica vai decorrer num total de 180 freguesias, dos municípios que aderiram ao protocolo de parceria ‘Biovespa’, assinado entre a RefCast e as autarquias, as quais se comprometeram a assegurar financiamento para os parasitóides, que são adquiridos em Itália.

O investigador referiu que há outros concelhos onde foi detetada a vespa mas que não aderiram ao ‘Biovespa’, e onde "infelizmente a "luta teve que ser travada e estão a descoberto", designadamente em Ponte de Lima, Barcelos, Fafe, Guimarães e Vila Nova de Famalicão.

O primeiro foco de infestação desta praga, que afeta a produção de castanha, foi detetado no final de abril de 2015 na região transmontana, um ano depois de ter sido encontrada primeira vez em Portugal, no Minho.

Devido à importância que a produção de castanha representa para a economia transmontana, tem-se assistido a uma grande mobilização na luta contra a vespa que, à semelhança do que já aconteceu em outros países europeus e se não for travada, pode eliminar até 80% da produção nos próximos anos.

O investigador salientou que é preciso também continuar a vistoriar os soutos com o objetivo de retirar o material contaminado dos castanheiros e impedir a sua propagação, um processo que deverá decorrer até meados de junho, altura em que a vespa começa a sair das galhas.

Em Trás-os-Montes, os focos foram detetados em novas plantações, onde foram destruídas as galhas infestadas, e não em castanheiros adultos.

"Estamos extremamente receosos que possam aparecer focos em castanheiros adultos, porque é uma situação tremendamente preocupante", salientou.

Agência Lusa

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