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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 5 de junho de 2016

Castelo e cidade de Bragança – Suave decadência Parte II

Incrédulo! Sim é assim que me apetece começar esta crónica… Começo da mesma forma que em 26-04. O município de Bragança, tenta por todos os meios, dar uma lavagem facial a tudo o que está mal na cidade, como se isso bastasse e fosse suficiente para que as coisas tenham apresentação! 
O certo é que nessa data, fui ver o Castelo e fiquei de facto incrédulo com o que vi, casas de banho públicas, imundas, arranjos de muralhas como se de uma má formação estivesse a ser dada a formandos de construção civil, entre outras coisas…
Passados estes dias e após ter sido enviada uma carta com a minha publicação aqui nas Redes sociais a alguns ilustres da nossa cidade, caso do proprietário da Tasca do Zé Tuga, Luis Portugal, segundo sei, ao director do Museu Militar e não sei ao certo a quem mais… Mas parece que essa publicação não foi do agrado de toda a gente, embora me tenham chegado também notícias de que muita gente aplaudiu por alguém ter mexido na ferida. Não quero protagonismo e muito menos atacar seja quem for, quero é que numa cidade que é visitada diariamente por milhares de turistas, quer em carro próprio, quer em caravanas, quem em autocarro nas mais diversas excursões que são programadas para a nossa cidade, possam dizer que estiveram num local aprazível, limpo, organizado e preocupado com quem cá habita e com quem nos visita! No entanto, depois disso, sei que as casas de banho publicas foram limpas, mas para meu espanto continua tudo na mesma, como a lesma! Limpas uma vez, o cenário repete-se, pois, não há papel higiénico para que se possa condignamente limpar o traseiro, e a casa de banho feminina, mantém-se encerrada por falta de uma tampa que como tinha dito custa cerca de 40€… aparentemente não deve haver verba destinada a essas pequenas reparações! Não seria melhor pagar a alguém, que eu sei que existe alguém que reúne condições para o fazer, que mantivesse os espaços limpos e asseados, com limpezas diárias, e que fosse colocando papel à disposição logo que estivesse a terminar?? Não querem despesas?? Simples, meus caros, cobrem! 50 cêntimos por pessoa, para manter o espaço limpo e asseado, bem como abrir e fechar as portas para evitar actos de vandalismo durante a noite! Há quem esteja na disponibilidade de assumir esse cargo, pois já se encontra reformada e habita a escassos metros desse local que deveria ser condigno a quem o utiliza! E não se queixem dos turistas que deixam tudo sujo! Pois toda a gente é obrigada a recorrer a várias formas de limpar o traseiro, o que originará entupimentos e por conseguinte o mau aspecto que se verifica! No Portão da Porta da traição, verifica-se que os trabalhos vão decorrendo, pois já decaparam a porta das tintas antigas e a qualquer momento será betumada e pintada, para que fique com um aspecto cuidado e limpo, que o castelo tanto merece! As obras da muralha, entretanto pararam e não foi colocada mais nenhuma pedra sobre cimento ou vice-versa! Será assim tão difícil a CMB colocar ali um trolha dos seus quadros a colocar pedras sobre cimento para que continue a apresentar um aspecto de castelo e não o aspecto de um qualquer bairro de lata que tudo utilizam para cobrir os poucos haveres e o seu próprio corpo das intempéries?
É verdade que é um monumento nacional, que deve ser cuidado, não tenho dúvidas disso, mas seria bom que neste país de faz de conta as coisas fossem boas para tudo, monumentos, sem abrigo, doentes, alunos, professores e porque não toda a população e todo o nosso património! De resto está tudo na mesma, como a lesma! Buracos, iluminação, etc, etc, etc… Se me canso de dizer sempre a mesma coisa?? Canso, mas de facto alguém tem que o dizer, alguém tem que olhar por esta bela cidade, cada vez mais deserta, porque não são criadas condições, para estabelecer cá os seus filhos, com preocupações ecológicas, sim que são necessárias, mas tudo em conjunto seria muito melhor…
Hoje fui tomar café ao Castelo, havia gente por todo o lado, portugueses, espanhóis, franceses, alemães, ingleses… Sim, há muita gente a visitar esta cidade e muita gente a comentar estas situações… ouvi chamarem-nos porcos, por falta de limpeza, nos wc’s, nos jardins, nos passeios… Calei e segui caminho, mas tinha que o dizer, para que alguém com os desígnios da cidade nas suas mãos e no seu gabinete, mande fazer algo de bom por esta cidade! Que este ano fique nas nossas memórias como o ano que tudo mudou e aí sim, cá estaremos para aplaudir se for caso disso, ou então para criticar o trabalho nulo que tem sido feito num dos locais mais belos deste país! Acordem antes que seja tarde! 
Termino da mesma forma… citando-me a mim mesmo… “As pessoas da Vila estão cansadas de serem esquecidas! Limpeza e atenção são precisas no Ex-Libris da Cidade, neste castelo que é considerado um dos mais belos do nosso país… Mas passeando pelas muralhas e ouvindo os turistas, sejam eles nacionais ou estrangeiros percebe-se que de facto estão e ficam muito incomodados com a situação a que o mesmo chegou e se encontra! Ex. Mos Sres, responsáveis pela manutenção do castelo, fica mais caro fazer mal do que fazer bem à primeira! Sei que não gostam que eu fale, mas de facto contra factos não pode haver argumentos e desculpem a redundância… e mais haveria ainda a referir, mas para já se tratarem destas situações pontuais, muito bom ficará o castelo, pois fizeram-me chegar uma carta, que tenho em meu poder e que me transmite isto mesmo, mostrando a indignação de alguns habitantes deste belo local, situado no interior das muralhas do nosso belo Castelo! Haja mais respeito pelas paredes erguidas pelos nossos antepassados.”


Crónica do Corneteiro do BC3// Por Fernando Aragão
in:Correio Transmontano no Facebook

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