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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Bragança a um passo de Madrid

Bragança está a 40 quilómetros de Otero de Sanábria, aldeia onde, em 2018, vai parar o comboio de alta velocidade (AVE) na ligação Galiza-Madrid. São menos de 400 quilómetros até à capital espanhola, que se podem fazer em duas horas, ou menos, se houver bom-senso político nas duas capitais. Isto significa uma rodovia decente, que não obrigue a perigosos 54 minutos, no mínimo, para chegar a Puebla de Sanábria e a um lago magnífico, muito concorrido no Verão. Do lado de lá virão mais facilmente ao Parque Natural de Montesinho e à Domus Municipalis.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o crescimento do turismo em Bragança foi superior, na comparação entre 2014 e 2015, à média da região Norte, noticiou este jornal. Imagine-se, em regiões transfronteiriças deprimidas, o impacto de um AVE à porta. Conjugado com o aeródromo, Bragança estaria a distâncias próximas de Lisboa, Porto e Madrid: era um acto de justiça. Para isso servem as cimeiras ibéricas.
Quando se lançava o projecto do túnel do Marão, titulou o Expresso (7 de Abril de 2009): “Nove auto-estradas não são necessárias”. Mais do que erros de previsão, houvera cedências políticas. Em seis meses de abertura daquele, a empresa pública Infraestruturas de Portugal reconheceu ter o tráfego ultrapassado as expectativas. Só quem não conheceu o IP4 pode falar de favor político – quando, de facto, era o Estado que há muito estava em dívida com a região.
Melhor: está em dívida. Há estradas que não são deste milénio, tantas as viragens e reduções de velocidade, limitada a 50 quilómetros. Pagar cada país metade do percurso (e Portugal menos ainda) era um investimento de futuro nesta Europa dita das regiões. Como repete o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias, tudo vai da vontade política, que um ano de eleições poderá clarificar. Roubado o comboio à cidade (roubado, literalmente, em noite cobarde), outro se aproxima, mais europeu, a menos de 30 quilómetros em linha recta. Haja vontade.



Ernesto Rodrigues
in:jornalnordeste.com

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