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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Movimento Cívico Pela Linha do Tua: “Nós avisámos”

A opinião pública e a comunicação social reagiram tarde à construção da Barragem de Foz Tua.
É a reação do Movimento Cívico Pela Linha do Tua (MCLT), numa fase em que o empreendimento hidroeléctrico da EDP está praticamente concluído.

Filipe Esperança, o coordenador do Movimento, lembra que o Plano de Mobilidade ainda está por cumprir e que nada garante que haja, de facto, investimento privado no turismo, para além do anunciado comboio turístico de Mário Ferreira.

“Há muitas contra-partidas que ainda não estão a funcionar. E o que se verifica é que, agora que já não há nada a fazer, e que há um paredão de 170 metros na Foz do Tua, é que os próprios populares e a comunicação social conheçam a querer revelar algumas das faces mais negativas desta obra.

Não sabemos ao certo qual foi o peixe que foi vendido no Vale do Tua, mas a verdade é que vamos observando que muitos populares têm uma ideia que é um pouco errada em relação à realidade. Um pouco distorcida. Ouvimos falar em hotéis, em restaurantes, em iniciativas privadas, quando sabemos que do Plano de Mobilidade nada disso faz parte, apenas a reposição do serviço de transporte para as populações.”
Não faltaram avisos, lembra Filipe Esperança, sobre os aspectos negativos desta construção.

“Nós avisámos. Nós, Movimento Cívico, e muitas outras entidades. A Plataforma Salvar o Tua foi incansável. O Movimento de Cidadãos em Defesa pela Linha do Tua, os Amigos do Vale do Tua, ao longo de todo este tempo, e estamos a falar de uma polémica com 8 ou 9 anos de existência, alertaram para várias questões. Como o nevoeiro, o aumento da humidade na região, a eutrofização das águas foram sempre foram falado e nem sempre foram ouvidos.

Agora estão a ser levantados porque estão a começar a acontecer. E é caso para dizer: nós avisámos que nem tudo seria ouro sobre azul. E constatamos que há várias versões negativas da história.”
Filipe Esperança vai mais longe, ao afirmar que os autarcas locais têm estado inertes nesta questão.

“Os autarcas continuam passivamente  a assistir a tudo isto sem se perguntarem se estas medidas trazem algo de útil e bom à região.

Quanto a isso posso deixar uma última crítica: foi construído um Parque Natural do Vale do Tua nos escombros daquilo que era um verdadeiro Parque Natural. Recordo-me que em 2010 de o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) dizer que a Linha do Tua não possuía critérios do ponto de vista paisagístico e cultural para ser classificado como Património de Interesse Nacional.

É muito curioso que depois de termos um paredão de 170 metros, milhares de árvores abatidas e toda a zona submersa, agora temos um parque natural no Vale do Tua, e que para esse há todas as classificações possíveis e imaginárias.”
Segundo o exposto no site da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, o Plano de Mobilidade vai entrar em vigor em março deste ano, e tem uma dotação financeira de 10 milhões de euros.

A Barragem de Foz-Tua que entrou em funcionamento em dezembro de 2016, e que neste momento está perto da cota máxima. Resta saber qual o impacto real deste empreendimento no desenvolvimento da região.

Escrito por ONDA LIVRE

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