Acção Transmontana – Semanário de Mirandela; directores, doutores Luís Teixeira Neves e João Doutel de Andrade. Saiu o primeiro número a 15 de Janeiro de 1925 e terminou a 12 de Outubro de 1926.
Agricultura Trasmontana – Quinzenário, que começou a publicar-se em Mirandela em 5 de Agosto de 1908 sob a direcção de João Inácio Teixeira de Meneses Pimentel, director da Estação Trasmontana de Fomento Agrícola e chefe da delegação da Direcção da Fiscalização dos Produtos Agrícolas naquela vila.
Alerta! – A Casa Veritas, da Guarda, começou a publicação de várias edições de um semanário religioso, que, tendo um fundo comum divergia apenas na última página (onde inseria notícias das diversas terras, para as quais fazia edições) e no título do periódico. O primeiro número da edição de Bragança apareceu em 2 de Junho de 1907, graças aos esforços e boa vontade de José António de Castro, que ficou sendo seu proprietário e director local.
Alma Trasmontana – Semanário evolucionista. A Pátria Nova de 21 de Agosto de 1913 diz: «Recebemos hoje o primeiro número deste semanário evolucionista, que se publica em Moncorvo».
Anais Agrícolas do Distrito de Bragança – Publicados pelo conselho de agricultura do mesmo distrito. Publicação criada pelo Regulamento de Agricultura Distrital de 28 de Fevereiro de 1877. Primeiro ano – 1876 a 1877. Porto, Tip. do Jornal do Porto, 1878. 4.º de 75 págs. Número único?
Atleta (O) – Periódico de Macedo de Cavaleiros. Começou em 29 de Setembro de 1886.
Aurora do Tua – Semanário independente, publicado em Mirandela, sob a direcção de João Pedro de Sousa. Saiu o primeiro número a 27 de Maio de 1909 e terminou em Agosto de 1910.
Baixo Clero (O) – Publicação semanal. Era impresso em Bragança, na Tip. de Silva Barreto, praça da Sé. Saiu à luz da publicidade a 11 de Agosto de 1899, e com o nº 29, correspondente a Agosto de 1902, suspendeu a publicação, que já correra muito irregularmente, voltando a aparecer impresso em Lisboa, na Tip. 10 de Setembro, em 26 de Fevereiro de 1905, chegando até ao nº 18, referente a 24 de Junho de 1905, em que acabou. Foi seu fundador e redactor o capelão militar João Manuel de Almeida Morais Pessanha.
Boletim Associativo – Mensário, órgão da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança. Dá notícia do aparecimento deste periódico o Trás-os-Montes de 1 de Julho de 1926.
Boletim Diocesano de Bragança – Saiu o primeiro número em Janeiro de 1898 e terminou com o número de Março de 1900. Era mensal e em formato de revista. Imprimia-se em Coimbra.
Boletim da Diocese de Bragança – Director cónego e doutor Manuel António da Ressurreição Fernandes. Impresso em Braga. Saiu o primeiro número em Dezembro de 1928 e ainda se continua publicando. É mensal e em formato de revista.
Boletim Oficial de Bragança – De 23 de Junho de 1846 a 4 de Maio de 1847 (1037).
Boletim Parlamentar do Distrito de Bragança – Mensal; redactor, Trindade Coelho. Saiu o primeiro número a 17 de Fevereiro de 1901. Com esta publicação tinha o seu autor em vista, pela inserção do que no parlamento faziam os representantes do distrito de Bragança, espicaçá-los e obrigá-los a tratar dos interesses da terra que lhes conferiu os mandatos; durou pouco, apenas vimos os 1.º e 2.º números.
Boletim da Farmácia Morais, de Vila Flor. Saiu em 1894.
Boletim Republicano do Distrito de Bragança. Em 20 de Junho de 1919 vimos nos jornais referências a esta publicação periódica, que não sabemos se chegou a imprimir-se.
Bragançano (O) – Quinzenário. Órgão defensor dos interesses regionais. Redactor principal, João Baptista da Cruz. Tip.Minerva de António de Melo, Bragança. Saiu o primeiro número a 15 de Novembro de 1919. Parece-nos que só saíram três números.
Brigantino (O) – Semanário político, publicado em Bragança. Saiu o primeiro número a 25 de Outubro de 1886 (1038). Foi seu primeiro director e principal redactor o padre João Morais Pessanha e administrador José S. Barreto do F. Perdigão Júnior, que constituiu família em Bragança. Em Janeiro de 1889 passou a ter como director, sob a mesma administração, o doutor Abílio de Madureira Beça e assim continuou até fins desse ano, em que terminou, fundando este A Gazeta de Bragança. No entanto, ainda em 2 de Julho de 1893, por ocasião da quermesse em favor dos pobres promovida pelo governador civil Cristóvão Aires, saiu um número único de O Brigantino, de oito páginas (impresso na Imp. Brigantina), de que era proprietário Barreto Perdigão e director José Fernandes de Matos, cujo produto da venda era destinado à referida quermesse.
Comércio de Mirandela (O) – Saiu em Janeiro de 1890.
Concelho de Bragança (O) – Órgão do partido republicano conservador local, fundado pelo doutor António Olímpio Cagigal. Impresso em Bragança na Tip. Ferreira Soeiro. Saiu o primeiro número a 12 de Fevereiro de 1911 e suspendeu em fins de Abril desse ano.
Correio Brigantino (O) – Semanário regenerador-liberal, publicado em Bragança. Saiu o primeiro número a 15 de Março de 1905 e suspendeu a publicação em Junho de 1907. Tip., praça da Sé, Bragança.
O Correio Brigantino de 5 de Abril de 1905 traz uma deficiente resenha dos periódicos publicados em Bragança e diz: «Veio primeiro, se a memoria nos não falha, um periodico no tempo do fallecido Antonio Maria Machado, do Mogadouro, cujo nome nos não recorda, mas que era redigido por um fulano Lobo, de Mirandella, impresso nos baixos do Asylo, na imprensa do governo civil, e que foi logo suspenso por falar contra os regeneradores, cujo partido n’essa epocha estava no poder».
O citado António Maria Machado, ou, conforme está escrito no auto de posse do governo civil, António Maria de Morais Machado, foi por duas vezes governador civil do distrito de Bragança: a primeira desde 6 de Fevereiro de 1878 a 9 de Junho do ano seguinte e a segunda desde 2 de Abril de 1881 a 21 de Maio de 1884. Ignoramos como se chamava o tal jornal e em que época se publicou.
Correio de Macedo – 1.º ano. Redactor, João Augusto Correia. Vimos um «Suplemento» a este jornal datado de 8 de Junho de 1892. Com o mesmo título publicou-se um número-programa em 10 de Abril de 1889.
Correio de Mirandela – Trimensário independente. Director, J. Neves. Impresso na Tip. Neves, rua de Santa Luzia, Mirandela. Saiu o primeiro número em 1 de Junho de 1905 e ainda se publicava em Março de 1929.
Correio do Norte – Periódico de Carrazeda de Ansiães. Começou a publicar-se a 21 de Agosto de 1880 e suspendeu em 1889.
Democrata (O) – O primeiro número apareceu a 18 de Janeiro de 1896 (1039). Semanário (?), publicado em Bragança. Em 1 de Maio de 1896 pediu licença para se intitular Voz da Pátria.
Distrito de Bragança – Órgão de defesa dos interesses do distrito de Bragança. Publicação quinzenal. Director, Inácio Manuel de Sousa Freire Pimentel. Composto e impresso na Tip. Ferreira Soeiro, Bragança. Saiu o primeiro número a 1 de Janeiro de 1911.
Distrito de Bragança – Semanário político, literário e noticioso, publicado em Bragança. Saiu o primeiro número a 14 de Março de 1902 e não Junho, como traz o dicionário Portugal. Órgão da política de Teixeira de Sousa e Alberto Charula no distrito de Bragança. Era seu redactor Abel Aníbal de Azevedo, professor de francês no liceu desta cidade. Deixou de publicar-se em Junho de 1907. O dicionário Portugal, no artigo «Bragança (distrito de)», menciona um periódico com o mesmo titulo acima, cujo primeiro número diz haver saído a 5 de Julho de 1885. Não conhecemos tal periódico.
Eco de Dona Chama – A Pátria Nova de 28 de Março de 1915 diz que, sob o título com que iniciamos esta informação, começou a publicar-se em Torre de Dona Chama um semanário dirigido por Carolino Gonçalves. Temos presente o nº 20, respeitante a 8 de Agosto de 1915, deste «semanário republicano evolucionista», que aponta como seu director António Gonçalves.
Eco de Moncorvo – Semanário progressista publicado em Moncorvo. Saiu o primeiro número em fins de Setembro de 1900 (1040).
Escola Trasmontana (A) – Semanário, órgão do professorado de Trás-os-Montes. Director e proprietário o professor Tito Sendas, depois inspector escolar. Redacção e administração em Sambade (Alfândega da Fé). Impresso em Bragança na Tip. Teodoro. Saiu o primeiro número a 4 de Janeiro de 1912 e acabou em Junho desse ano. Os últimos números trazem
apenas o título Escola Trasmontana.
Escolar (O) – Apenas vimos o segundo número, correspondente a 24 de Dezembro de 1900; poucos mais se publicaram. Era copiografado na rua Nova, em Bragança, e seu redactor Manuel José Cardoso, então estudante, natural de Sendim de Miranda, hoje professor no Seminário Diocesano em Vinhais.
Evolução (A) – Órgão da Academia. Saiu o primeiro número a 15 de Abril de 1905. Foi seu fundador Benjamim Jerónimo. Tip. Minerva, rua Direita, Bragança. Parece que terminou em Outubro do mesmo ano.
Familiar (O) – Quinzenário, publicado em Mirandela. Apareceu o primeiro número a 29 de Agosto de 1908. Era seu proprietário o comerciante Albano Mendo Júnior.
Farol Trasmontano (O) – Periódico mensal de instrução e recreio. Foi o primeiro jornal que se publicou em Bragança; começou a sair a 15 de Setembro de 1845 e durou até 1847. A publicação era feita em 4.°, com duas folhas de texto ou dezasseis páginas, e imprimia-se em Bragança, na Tip. de D. A. de Sá Vargas (Diogo Albino de Sá Vargas).
Neste tempo houve também outra tipografia em Bragança, pertencente ao governo civil, estabelecida nos baixos do asilo, onde se imprimiram várias obras, entre elas o Agostinho de Ceuta, de Camilo Castelo Branco.
Parte do tipo desta tipografia ainda se aproveitou em 1886 na impressão de O Brigantino e o outro prelo está agora no Museu Regional de Bragança, por dádiva do neto de Diogo Albino de Sá Vargas, de quem nos ocupámos na pág. 569 deste tomo.
Fomento Agrícola (O) – Órgão de propaganda e defesa da agricultura trasmontana. Publicação mensal, grátis. Director e editor, José António de Moura Pegado; propriedade do Posto Agrário de Mirandela. Tip. União, Mirandela. Ignoramos quando saiu o primeiro número; vimos um exemplar, o nº 11, correspondente a Outubro de 1917. Sucedeu a O Lavrador Trasmontano, do mesmo director e tipografia? Ainda se publicava em Agosto de 1918.
Gaiato (O) – Quinzenário, órgão de critica independente. Director, Norberto Lopes; redactores: Francisco de Matos, Júlio Moreno e T. Gonçalves. Tip. Artística, de Borges & Piçarro, Bragança. O primeiro número publicou-se a 1 de Agosto de 1921 e o último (?) a 15 de Outubro seguinte.
Gazeta de Bragança – Folha semanal, regeneradora, publicada em Bragança. Saiu o primeiro número a 21 de Agosto de 1892, conforme informa o dicionário Portugal, mas parece haver engano. Foi seu fundador e redactor durante anos o conselheiro Abílio de Madureira Beça, doutor em direito, professor de história e geografia no liceu de Bragança e antigo deputado em várias legislaturas e governador civil que foi deste distrito.
O Dicionário Bibliográfico diz que este semanário foi fundado em 1891, data que realmente concorda com a apresentada pelo periódico em seu número de 3 de Janeiro de 1904, comemorativo do seu aniversário; e como a sua publicação se fez sempre aos domingos e este dia em 1891 caiu a 4 de Janeiro, devemos concluir que o seu primeiro número saiu em igual dia do ano citado. Terminou a sua publicação a 19 de Outubro de 1910.
Depois de escritas estas notas, fomos informados que o primeiro número do jornal citado saiu a 1 de Janeiro de 1892, informação que devemos ao amigo Mário, que diz ter visto esse exemplar na colecção que possuía o seu redactor principal, doutor Abílio Beça.
Gazeta de Mirandela – Aponta-a Martinho da Fonseca nos «Aditamentos» ao Dicionário Bibliográfico, pág. 170. Começou a publicar-se em 5 de Outubro de 1901.
Imparcial (O) – Quinzenário, de Mirandela, para defesa dos interesses locais. Director,Marques da Costa. Saiu o primeiro número a 15 de Abril de 1930.
Independente do Norte (O) – O Norte Trasmontano de 25 de Março de 1898 dá notícia do aparecimento de um jornal com este título em Moncorvo. Começou a publicação a 14 do mesmo mês e ano.
Inflexível (O), de Mirandela – Começou a publicar-se a 17 de Setembro de 1898.
Instrução (A) – Quinzenário, defensor da escola e do professorado primário. Director, editor e proprietário, José Candeias Duarte, inspector escolar. Redactor principal, António Baptista Rainha. Redacção e administração no Mogadouro. O nº 2, que temos presente, é de 4 de Julho de 1915.
Invisível (O) – Pelos anos de 1882 publicou-se no Seminário de Bragança um semanário com este título. Era litografado e apenas saíram dois ou três números.
Jornal de Bragança – Semanário independente. Saiu o primeiro número a 23 de Fevereiro de 1910. Era seu proprietário e director o doutor Raul Manuel Teixeira, de quem damos a biografia a pág. 552.
Jornal de Mirandela (O) – Semanário. Começou a publicação a 12 de Maio de 1900.
Judiciário (O) – Periódico de Miranda do Douro. Saiu o primeiro número a 27 de Maio de 1900.
Lavrador Trasmontano (O) – Órgão de propaganda e defesa da agricultura trasmontana. Publicação mensal. Director, José António de Moura Pegado. Tip. União Mirandelense. A calcular pelo nº 8, que temos presente, deve ter saído o primeiro em Outubro de 1913.Distribuição gratuita.Ainda existia em Julho de 1915.
Legionário Trasmontano – Apareceu o primeiro número a 18 de Junho de 1914. Era semanal e publicava-se em Bragança, sendo impresso na Tip. de Adriano Rodrigues, rua Direita, 171. Foi seu director o padre Francisco Joaquim Neto e depois o padre-doutor José Maria Mendonça Negreiros, ambos professores do Seminário de Bragança, este natural de Abreiro, concelho de Mirandela, e aquele de Meirinhos, concelho do Mogadouro. Suspendeu a publicação após o movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915.
Leste Transmontano (O) – Órgão regionalista, literário, humorístico e noticioso. Director, João Baptista da Cruz. Redactores: Alberto Calejo, Norberto Lopes e Albino Valente. Saiu o primeiro número a 15 de Janeiro de 1920 e o último (?) a 14 de Abril desse ano. Era quinzenário e imprimia-se na Tip. de A. de Melo, Bragança.
Liberdade (A) – Dirigida pelo doutor Adriano Fonseca, oficial do registo civil em Mirandela. Anuncia o aparecimento deste jornal nesta vila, como coisa daqueles dias, A Pátria Nova de 20 de Agosto de 1911.
Luz (A) – Semanário, publicado em Bragança. Apareceu o primeiro número a 12 de Julho de 1888 – diz o dicionário Portugal.Mas a verdade é que o exemplar desse número que temos presente saiu a 29 de Abril do referido ano, impresso em meia folha e muito mal. Era uma tentativa de rapazes – dos quais citaremos João Baptista da Cruz, hoje distinto professor primário, e outros. A oficina era constituída por alguns, poucos, quilos de tipo, e a impressão do jornal fazia-se numa velha máquina de costura, que adaptaram a prelo. O primeiro número, além de mal impresso, quase ilegível, tinha o reverso da página manuscrito. Já era força de vontade!.. Durou pouco.
Os fundadores de A Luz foram: o nosso biografado e mais António Seca, que foi quem converteu em prelo a máquina de costura, e José Matos.
Todos colaboravam no labor mental e material da composição e impressão tipográficas.
Madrugada (A) – Órgão académico. Director, Augusto César de Matos. Tip. Minerva de António de Melo, Bragança. Saiu o primeiro e único (?) número a 23 de Janeiro de 1920.
Meio-Dia (O) – Folha académica, quinzenal. Tip., praça da Sé, Bragança. O primeiro número publicou-se a 5 de Abril de 1904.
Mirandelense (O) – Começou a publicar-se em Mirandela a 15 de Fevereiro de 1903. Era regenerador e seguia a política de Teixeira de Sousa. Foi seu fundador o doutor Andrade (Olímpio Guedes de).
Mirandês (O) – Bimensal, fundado em 1894 na cidade de Miranda do Douro, destinado à defesa dos interesses locais. Publicou-se o primeiro número a 1 de Abril daquele ano e terminou a 21 de Maio de 1898; tinha o subtítulo de «Órgão dos interesses locais». Depois, em 27 de Novembro de 1903, reapareceu com o título e subtítulo de O Mirandês – «Semanário político, literário e noticioso», de que se publicaram apenas alguns números, terminando a 22 de Dezembro do mesmo ano.
Foi seu fundador e director Augusto César Dias de Lima, administrador, por diversas vezes, do concelho de Miranda do Douro, juiz substituto, presidente da câmara municipal do mencionado concelho, provedor da misericórdia durante mais de vinte e cinco anos e chefe local do partido regenerador.
Nasceu em Miranda do Douro a 27 de Março de 1859 e era filho de João Evaristo Dias de Lima e de D. Teresa de Jesus Mendes Lima, naturais de Bragança.
Augusto Lima era um fanático pelo progresso de Miranda do Douro, não se poupando a fadigas, trabalhos e despesas pecuniárias atinentes ao bem da terra, como mostrou na questão da consecução do seu caminho-de-ferro. O nosso biografado faleceu naquela cidade em Julho de 1912.
Ver o artigo Alves (António Carlos), pág. 15.
Mogadourense (O) – Publicação feita a favor do bazar promovido em benefício do cofre de Nossa Senhora do Caminho. Número único. Porto, Tip. da Empresa Literária e Tipográfica, 1894. 4.º de 15 págs.
Mogadouro (O) – Semanário (?) republicano. Director, Henrique Cabral. Tip.Minerva, Vila Nova de Famalicão. O nº 2, que temos presente, tem a data de 15 de Outubro de 1912.
Moncorvense (O) – Publicou-se o primeiro número a 25 de Outubro de 1896. Fundador, padre Adriano Augusto Guerra.
Moncorvo (O) – Fundado pelo eclesiástico atrás citado. Apareceu o nº 1 a 28 de Março de 1897.
Montanhês do Norte (O) – Semanário independente, político, literário e noticioso, sob a direcção do doutor Álvaro de Mendonça Machado de Araújo; editor, o professor Cruz. Saiu o primeiro número a 10 de Novembro de 1912. Tip. de Adriano Rodrigues, rua Direita, 145, Bragança.
Nordeste (O) – Órgão do partido progressista do distrito de Bragança, cujo primeiro número saiu a 4 de Julho de 1888, como nos disse o seu fundador e redactor Aníbal Augusto Rodrigues Valente (natural de Macedo, onde nasceu a 16 de Maio de 1865), que depois cedeu a propriedade dele ao centro progressista de Bragança em 1895. No dicionário Portugal, artigo «Bragança (distrito de)», diz-se que o primeiro número de O Nordeste saiu a 1 de Julho de 1888, e mesmo no citado periódico, no número correspondente a 4 de Junho de 1902, se lê: «Entra hoje no decimo quinto anno de existencia este nosso semanario», no que há engano, pois a data verdadeira é a de 4 de Julho.
O Nordeste terminou a 15 de Julho de 1910, ou, melhor, apenas mudou de título, continuando a publicar-se no mesmo formato e com a mesma redacção sob a epígrafe Notícias de Nordeste, saindo logo a 22 desse mês e suspendendo a 20 de Janeiro de 1911.
Mas o Dicionário Bibliográfico, tomo XVII, pág. 255, diz que o jornal em referência foi fundado em 1887, no que há evidente erro, conforme nos declarou o próprio fundador. Aníbal Valente era ao tempo amanuense do governo civil de Bragança, passando depois a ser empregado na agência do Banco de Portugal desta cidade e desde 1 de Março de 1905 aspirante de Fazenda em Lourenço Marques.
O Nordeste começou a imprimir-se num prelo pertencente ao governo civil deste distrito, que mais tarde se fundiu na tipografia representada hoje por Ferreira Soeiro, onde se imprimiam todos os periódicos que viam a luz em Bragança, intitulada «Tipografia Brigantina»; mas desde Outubro de 1910 passou a ser impresso na Tipografia Rocha e Melo, que gira ultimamente só debaixo do nome de António de Melo. Coexistem, portanto, hoje duas tipografias em Bragança, estando a primeira, devido às qualidades de talento e empreendedoras do seu proprietário Ferreira Soeiro, que muito a tem ampliado, magnificamente montada.
Norte Trasmontano – Semanário religioso, político e literário, publicado em Bragança, saindo o primeiro número a 14 de Março de 1895. Foi seu fundador, proprietário e redactor Pires Avelanoso (António José Pires). Publicou-se até Janeiro de 1897. Desde 5 de Fevereiro seguinte a fins de Outubro do mesmo ano saiu com o título O Norte Trasmontano – semanário progressista, pertencendo ao mesmo proprietário e redactor; e nas mesmas condições, suprimido o O do título, continuou a publicar-se desde 12 de Novembro de 1897 até 26 de Maio de 1898, pelo menos, pois é este o último número que vimos. Foi sempre impresso na Tip. Brigantina.
António José Pires – Pires Avelanoso, cujo último apelido lhe provem da terra da sua naturalidade, Avelanoso, concelho de Miranda do Douro – foi secretário do ministro do Reino Eduardo José Coelho, na situação progressista de 1904-1906. Também foi editor-gerente da Tribuna, semanário publicado em Lisboa.
Notícias de Bragança – Semanário, impresso em Bragança na Tip. de Adriano Rodrigues. Proprietário e editor, Olímpio Dias, engenheiro civil e director da Escola de Habilitação ao Magistério Primário nesta cidade. O primeiro número saiu a 23 de Fevereiro de 1912.
Notícias de Mirandela – Semanário que começou a publicar-se em Mirandela a 1 de Maio de 1909, sendo seu director Francisco Melo.
Notícias de Nordeste – Ver acima Nordeste (O).
Patife (O) – Quinzenário literário, humorístico, crítico e noticioso. Redactor, José dos Inocentes; director, Alfredo Coelho. Tip. Adriano Rodrigues, Bragança. Saiu o primeiro número a 27 de Novembro de 1919 e ignoramos se houve mais.
Pátria Nova (A) – Pela República. Director, doutor João de Freitas (era natural do Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, e professor do Liceu Nacional de Braga). Oficinas de composição e impressão Tip.Minerva, rua Direita, Bragança. O primeiro número saiu no dia 31 de Janeiro de 1908 e, depois de durar dois anos, terminou com o número correspondente a 26 de Janeiro de 1910. Proclamada a República em 5 de Outubro de 1910, reapareceu com o mesmo título a 12 deste mês sob a direcção de Júlio Rocha.
Acabou, por fim, em Maio de 1915 por causa da revolução do dia 14 desse mês.
Povo de Mirandela (O) – Fundador, doutor José Salazar.
Provinciano (O) – Publicava-se em Mirandela em 1911, sob a direcção de Francisco Ferreira.
Pirilampo (O) – Semanário, publicado em Bragança pelos estudantes. Saiu o primeiro número a 17 de Maio de 1902 e o último a 18 de Agosto do mesmo ano. Era impresso na Tip. de Silva Barreto, praça da Sé, Bragança.
Saboreano (O) – Quinzenário.Director, Francisco de Matos. O primeiro número publicou-se a 15 de Março de 1922 e o último (?) a 21 de Maio seguinte. Tip. Artística de J. A. Piçarro, Bragança.
Século (O) – Periódico de Carrazeda de Ansiães, que começou a publicar-se em 1 de Julho de 1876, diz o Portugal – Dicionário histórico.
Semeador (O) – Revista religiosa e boletim diocesano [de Bragança]. Director, cónego-doutor Manuel António da Ressurreição Fernandes. Era mensal e impresso em Guimarães. O primeiro número saiu em Janeiro de 1917 e terminou com o nº 2 em Abril de 1925, tendo cessado de se publicar em 1919, para reaparecer em 1922, em que saíram cinco números e depois dois em 1925.
Sorrir da Mocidade (O) – Semanário académico. Saiu o primeiro número em Bragança a 1 de Maio de 1910. O último número que vimos é de 11 de Setembro do mesmo ano. Era seu director António Ferreira de Sousa e redactor principal José Joaquim Lopes.
Sudoeste (O) – Na situação regeneradora de Janeiro a Setembro de 1890 apareceu em Bragança este semanário defensor daquele partido a combater O Nordeste, que era progressista. Um e outro não eram então impressos na cidade, por estar a imprensa embargada. O Sudoeste desapareceu logo, para dar lugar à Gazeta de Bragança, que o veio substituir nos seus fins políticos.
Terras de Bragança – Órgão regionalista do distrito de Bragança – Semanário- quinzenário.Directores: João Baptista da Cruz e Domingos Bernardo Vinhas. Tip. Artística, de Borges & Piçarro, Bragança. Saiu o primeiro número a 19 de Junho de 1921 e o último (?) a 2 de Outubro seguinte, publicando-se ao todo oito números.
Torre de Dona Chama (A) – Quinzenário, que se publicou na vila deste nome, pertencente ao distrito de Bragança, mas impresso em Mirandela, na Tip. Rego. Era seu director, proprietário, administrador e editor António da Assunção Teixeira. O primeiro número publicou-se a 15 de Fevereiro de 1911 e o último (o 8.°) a 30 de Junho imediato.
Torre de Moncorvo – Semanário regenerador, publicado na vila do mesmo nome. Apareceu o primeiro número a 19 de Abril de 1900 (1043). Foi seu redactor principal Acácio António Camacho Lopes Cardoso, que concluiu a sua formatura em direito na Universidade de Coimbra a 18 de Junho de 1903, sendo logo, por decreto de Julho do mesmo ano, nomeado delegado do Procurador Régio para a comarca de Carrazeda de Ansiães.Mas depois o periódico seguiu a política progressista.
Trasmontano (O) – Semanário político, literário e noticioso, filiado no partido regenerador, publicado em Moncorvo, cujo primeiro número saiu em princípios de Agosto de 1902. Era impresso na Imp. Civilização, rua Passos Manuel, Porto. Cessou de publicar-se em Junho de 1905 (1044).
Trasmontano (O) – Órgão do partido republicano em Carrazeda de Ansiães. Director,doutor Domingos Frias de Sampaio e Melo. Impresso na Tip. Rego, Mirandela. Começou a publicar-se em fins de 1910 ou princípios de 1911 e terminou em fins deste ano.
Trasmontano (O) – Semanário republicano, órgão do partido evolucionista no distrito de Bragança. Era seu director o engenheiro Agostinho Lopes Coelho. Saiu o primeiro número a 11 de Julho de 1915. Tip. de Adriano Rodrigues, Bragança. Temos na nossa frente o número correspondente a 25 de Fevereiro de 1917.
Tua (O) – Periódico de Mirandela. Começou a publicar-se a 9 de Abril de 1892.
Voz de Ansiães (A) – O Trás-os-Montes de 15 de Janeiro de 1930 diz que começou a publicar-se em Carrazeda de Ansiães um periódico com aquele título, impresso na Póvoa de Varzim. É trimensal.
Voz da Pátria – Semanário republicano do distrito de Bragança. Saiu o primeiro número a 1 de Maio de 1896, ao qual apenas se seguiram mais três, suspendendo depois a publicação. Era impresso na Tip. Brigantina à praça da Sé, Bragança.Ver acima a referência a O Democrata.
Voz do Tua – O Brigantino de 22 de Agosto de 1889 diz que este periódico, que se publicava em Mirandela e seguia politicamente a esquerda dinástica de que era chefe o conselheiro Augusto César Barjona de Freitas, entrou no seu 4.º aniversário. Começara a publicar-se a 8 de Agosto de1886.
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
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