Os efeitos da seca no sector da olivicultura são consideráveis na produção, mas a excelência da qualidade do azeite da região transmontana vai manter-se. Quem o garante é o presidente da APPITAD - Associação de Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Comparativamente à campanha anterior, Francisco Pavão fala numa quebra na produção de azeitona a rondar os 40 por cento, mas será de apenas 20 por cento na produção de azeite. O dirigente explica os números. “Prevemos uma quebra de cerca de 40 por cento de produção de azeitona, mas que em termos de produção de azeite não será tão baixa, rondará os 20 por cento. Para a mesma quantidade de azeitona estamos a ter mais azeite”, salienta.
O presidente da APPITAD deixa ainda um recado aos decisores políticos da necessidade urgente de um plano de investimento no regadio nesta região, sob pena de, em anos de seca, o problema da falta de produção ser ainda mais grave.
Declarações à margem da abertura do festival de sabores do azeite novo, que teve lugar, no Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela.
Para além de ter sido antecipado, em mais de dois meses, o Festival assume um novo conceito porque passará a ter a duração de um ano, de forma a abranger todo o ciclo do azeite e as suas diversas vertentes, explicou Vera Preto, a vereadora da cultura do Município de Mirandela.
Uma iniciativa louvável e que é importante para o conhecimento do azeite e das suas múltiplas vertentes, afirma José Soares, o embaixador do World Olive Oil Summit 2018, que vai acontecer, dias 7 e 8 de Junho, na feira da agricultura, em Santarém, que aproveitou para promover neste festival.
Festival dos Sabores do Azeite Novo começou em Mirandela e vai prolongar-se até Novembro do próximo ano.
Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)
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