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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

SERÁ DECENTE PARTICIPAR NUM CULTO DE CALÇÕES?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Quando meu cunhado veio, em passeio, a Portugal, fomos à Figueira da Foz.
Habituado a andar, à vontade, pelo sertão brasileiro, envergava calção (bermudas) e t-shirt colorida.
O dia era quente e calmoso. Corria tépida e levíssima brisa, que mais parecia carícia, de que vento.
Almoçamos ao ar livre, numa esplanada. Apenas a avenida nos separava do extenso areal. Tão extenso era, que, por mais que alongássemos a vista, mal vislumbrávamos o mar.
Terminada a refeição, lembrou-se de ir ao Casino. Embora não seja meu lugar preferido, acompanhei-o, por cortesia.
Já no adito, fomos barrados. Não era permitido entrar na sala de jogos, em bermudas.
Não tivemos outro remédio, se não retirarmo-nos.
Nem os rogos de meu cunhado, afirmando que sempre entrara nos Casinos do Paraguai, nesses trajes, convenceram o empregado.
Segundo ele, (o porteiro,) era necessário manter o nível…
Tudo isso vem a propósito do que vi, durante a missa, que participei na igreja de São José de Ribamar, no bairro balnear, da Povoa do Varzim.
Na assembleia, havia senhoras de calções. Poucas, muito poucas, – mas havia…
Dir-me-ão: “ Mas que mal há nisso?!”
Nenhum. Cada qual usa o que gosta e está na moda.
Além disso, a igreja, fica a dois passos das famosas praias da Avenida dos Banhos, onde é livre e apropriado envergar bikini.
Mas uma coisa é a praia e passadouros; outra: o templo – Casa de Deus.
Pouco Lhe importa, ao Omnipotente, como cada um está vestido ou despido, mas é – a meu ver, – falta de consideração e respeito.
Como não é decente, sentar-se à mesa de tronco nu ou de chapéu, na cabeça; nem ir para a Faculdade, descalço, também, quando se entra na Casa do Senhor, mormente para participar numa cerimónia, deve-se usar trajes domingueiros…
Sou apologista que cada qual se cubra como quer ou pode, mas de acordo com o lugar e local, onde está.
Ninguém vai a entrevista de emprego em fato de banho; nem de sapatos e terno (fato completo) para a praia.
Este ponto de vista, pode ser taxado de puritanismo, mas, parece-me, que quem vai visitar individualidade de respeito, deve-se trajar de acordo com a solenidade da festa ou de quem se visita.
Ou estarei equivocado?
Não é questão de etiqueta ou de moda, mas de respeito.

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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