O DOIRO SUBLIMADO
fotografia “pinhole”
por Cristiano Costa Pereira
10 fotografias emolduradas [50x50cm]
O Doiro necessita de ser finalmente olhado pela nação como o seu Olimpo sagrado.
(Torga)
“O Doiro Sublimado”, título emprestado do grande Miguel Torga, é o tema desta exposição de Cristiano Costa Pereira, que a consagra ao Douro, esse “excesso da natureza” através de processos fotográficos alternativos, neste caso a fotografia pinhole ou estenopeica. O princípio que está na base desta técnica fotográfica é o da Camera Obscura.
Em vez de recorrer a lentes ou objectiva para a formação da imagem, a câmara pinhole tem apenas um pequeno furo, que, quando intencionalmente destapado, deixa a luz penetrar no interior projectando uma imagem invertida no seu fundo, no papel fotográfico que a revelará, após processamento fotoquímico. Dada a natureza do dispositivo, apenas se pode realizar uma fotografia de cada vez, sendo necessário trocar o papel fotográfico entre cada uma em ambiente de completa obscuridade.
Assim, e tratando-se de um território de “deuses naturais” cuja orografia sagrada se mantém “inacessível a qualquer roda” cada fotografia se converte numa profunda peregrinação “a pé, de joelhos ou de rastos” para chegar aos seus altares.
Estas imagens são fruto de longas exposições de tempo. São em si mesmas pequenos momentos de verdadeira contemplação fotográfica. São, num dado momento, numa síntese silenciosa e pontual, uma incursão ao coração do Douro, pelo Baixo e Cima Corgo até ao Douro Superior. Cada uma destas fotografias deste “(...) Doiro Sublimado”, única e irrepetível, parece revelar e representar as próprias palavras de Torga reportando-se à paisagem duriense: “Um poema geológico. A beleza absoluta."
CM de Alfândega da Fé
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(Henrique Martins)
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