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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Confraria do Javali quer que Macedo seja referência na gastronomia daquela carne de caça

Confrades querem que o nome de Macedo seja cada vez mais associado à gastronomia da carne de javali.
Uma espécie cinegética com grande proliferação no concelho e peso na economia local, cuja importância deve ser tida em conta e levada além-fronteiras. Quem o diz é Benjamim Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Macedo e membro da Confraria do Javali.

“De facto, tem havido aqui um movimento interessante de dinamização do javali enquanto iguaria, alimento ancestral e enquanto peça importante na economia local.

É uma carne óptima, com muitas propriedades, podemos até chamar-lhe quase um produto light com grande proteção no aspeto da saúde.

O papel da confraria é, de facto, levar o javali além do nosso território. Promover encontros, intercâmbios, em que nós possamos divulgar e difundir o nosso produto local.

Aqui faz todo o sentido porque existe uma proliferação interessante do javali e nós, confraria, também temos o papel de proporcionar algum equilíbrio na biodiversidade.

É já um dos produtos de referência neste momento, tem algum peso económico e também na dá visibilidade aos restaurantes.”

Além do destaque dado ao Javali que há cinco anos está presente na Feira da Caça com uma rota gastronómica que inclui quase todos os restaurantes locais, são esperadas mais novidades, e entre elas a possibilidade de criar um Festival do Javali.

“Claro que sim. O Festival do Javali também pode ser feito no contexto atual, isto é, criar, paralelamente à Feira da Caça, uma rota gastronómica, não nos moldes que já existe mas sim com outras variantes.

Existem imensas soluções e acredito que, em breve, iremos ter outro tipo de iniciativas.”

Hoje em dia o javali é já confeccionado de mais formas do que era antigamente, porém, ainda há muito por fazer, considera António Silva, Grão-Mestre da Confraria do Javali.

“Há muito a fazer. Eu recordo-me de quando fundamos a Confraria do Javali era impensável fazerem-se pratos gastronómicos como hoje se fazem. Era o tradicional javali no pote estufado e era só confecionado dessa forma. Hoje em dia já não é assim. O javali já é uma iguaria preparada, empratada e confecionada de dezenas de maneiras diferentes. E o que interessa à confraria é isso, que o javali não seja só o prato tradicional que era antigamente mas que seja também grelhado, aromatizado entre outras variadíssimas formas de o confecionar.

Portanto, o Javali ainda tem muito para dar.”

Desde de domingo que a Confraria do Javali conta com mais 9 membros, oficializados numa cerimónia de Entronização, somando agora um total de 51 confrades.

As confrarias que têm um papel importante na valorização dos territórios e estão cada vez mais entre os interesses das populações, deixa saber Olga Cavaleiro, Presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas.

“Nós sentimos que cada vez mais o movimento das confrarias cresce, é algo que se propaga pelo território e não só pois faz a divulgação da gastronomia mas acaba também por ser uma forma de promover a totalidade do seu território, ou seja, para além da gastronomia também a paisagem, a cultura, a história, a arquitetura e tudo aquilo que diz respeito a um território acaba por ser divulgado.

Assistimos ao aparecimento de mais e novas confrarias com maior diversificação e, por outro lado, sentimos que a prórpia sociedade se envolve cada vez mais pois percebe que acaba por ser um ato de voluntariado, que além da parte festiva tem também a parte do trabalho e da dinamização local.”

O javali a ganhar cada vez mais espaço e importância na gastronomia e tradição do concelho de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por ONDA LIVRE

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