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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Clone de castanheiro imune à doença da tinta chega ao mercado

Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criaram um clone de castanheiro imune à doença da tinta, que destruiu em 20 anos cerca de um milhão destas árvores em Portugal, e que vai agora ser colocado no mercado.
Um grupo de especialistas da academia transmontana, em Vila Real, desenvolveu um porta-enxerto, o “ColUTAD”, que foi recentemente testado com a colaboração de dezenas de agricultores e que, segundo a universidade, se confirmou ser “resistente à doença”.

“A UTAD encontrou assim o antídoto contra a doença para ser usado nas novas plantações de castanheiros, e, tal como uma pessoa vacinada contra uma doença lhe fica imune, assim acontece com os soutos que recebem estes porta-enxertos”, afirmou hoje, em comunicado, José Gomes Laranjo, investigador e docente do departamento de biologia e ambiente.

Segundo explicou, o clone é um castanheiro híbrido resultante do cruzamento entre o castanheiro europeu “Castanea sativa” e o japonês “Castanea crenata”.

Depois de plantados, acrescentou, funcionam como “barreira à progressão da doença” e mesmo que a plantação “seja feita em terrenos já invadidos por ela, está provado que o novo castanheiro não morre”.

O clone vai ser colocado, agora, nos circuitos comerciais. Para o efeito, na sexta-feira vai ser assinado um protocolo de transferência da gestão dos direitos comerciais para a Serviruri - Prestação de Serviços Técnicos agrícolas, uma empresa do setor viveirista que tratará da sua multiplicação e comercialização.

Por cada planta vendida, a UTAD irá receber uma percentagem financeira, que irá reverter para o aprofundamento do estudo do “ColUTAD” e obtenção de mais porta-enxertos resistentes.

A doença da tinta foi responsável pela destruição, nos últimos vinte anos, de “perto de um milhão de castanheiros” em Portugal. Esta doença é causada por um fungo que ataca as raízes e acaba por levar à morte da árvore.

As alterações climáticas, que têm provocado cada vez mais no período de verão um excesso de calor e secura das terras, foram determinantes para o agravamento dos efeitos da doença, afetando cerca de oito mil hectares de soutos.

O clone, que vai ser comercializado, resultou de investigações desenvolvidas ao longo de várias décadas.

Na base do trabalho está, segundo a academia transmontana, o contributo do investigador Columbano Taveira Fernandes nos anos 50 do século passado, e, nos anos 80, de investigadores da UTAD, como o antigo vice-reitor António Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luís Torres de Castro e Alberto Santos.

Agência Lusa

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